Gaudium news > Antes de matar, médicos holandeses já podem sedar pacientes agitados

Antes de matar, médicos holandeses já podem sedar pacientes agitados

Se o paciente “ficar agitado” enquanto a equipe que vai tirar sua vida se prepara para mata-lo, os médicos holandeses têm permissão para sedá-lo.

Se o paciente “ficar agitado” enquanto a equipe que vai tirar sua vida se prepara para mata-lo, os médicos holandeses têm permissão para sedá-lo.

Amsterdam – Holanda (24/11/2020, 17:15, Gaudium Press) A partir de agora, se houver uma chance de o paciente “ficar agitado” enquanto a equipe que vai tirar sua vida se prepara para a execução, os médicos holandeses têm permissão para sedá-lo sem seu conhecimento ou consentimento antes de matá-lo.

A notícia foi dada pelo “The Guardiam”, na última sexta-feira, 20 de novembro. A atitude dos médicos poderá ser aplicada a pacientes com demência senil ou uma condição semelhante.

As normas para a execução da eutanásia agora revistas afirmam que para pacientes com demência, “não é necessário que o médico concorde com o paciente sobre o horário ou a maneira em que a eutanásia será realizada”.

O processo atualizado segue uma decisão da suprema corte holandesa em abril de 2020 declarou que um médico que sedou uma paciente antes de submetê-la à eutanásia não infringiu nenhuma lei.

Procura-se agora legalização da eutanásia para crianças e bebês

A eutanásia é legal na Holanda para qualquer pessoa com mais de 12 anos ou com menos de um. Porém, há um movimento crescente em busca da legalização da prática em crianças e bebês.

A nova política é necessária para que os médicos percam o medo de matar

Jacob Kohnstamm, que preside o comitê holandês de revisão da eutanásia, disse que as novas políticas são necessárias porque “os médicos agora têm menos com que se preocupar em colocar o pescoço em uma corda com a eutanásia”.

Em outras palavras, os médicos precisam perder o medo de serem condenados e… matarem com tranquilidade.

“Eles precisam de menos medo da justiça”, disse Jacob.

A decisão da Suprema Corte é parte de uma “ladeira escorregadia” que facilita a eutanásia no Ocidente pós-cristão

No momento da decisão do tribunal, o Dr. Charles Camosy, professor da Fordham University e bioeticista, disse à CNA que a decisão da Suprema Corte é parte de uma “ladeira escorregadia” na Holanda, sobre a eutanásia.

Camosy disse que os pacientes com doenças que incluem deterioração mental estarão no centro do debate futuro:

“Acredito que a próxima grande luta pela igualdade humana fundamental será sobre o valor dos seres humanos com demência avançada”, disse ele já em abril.

“É impossível, na minha opinião, separar o que está acontecendo na Holanda da ampla rejeição no Ocidente pós-cristão da igualdade humana fundamental”, acrescentou.

Camosy disse ainda que, considerando como a Holanda praticou a eutanásia em bebês recém-nascidos, que também são incapazes de comunicar um grau de sofrimento, por cerca de duas décadas, “é lógico que eles poderiam dizer isso sobre alguém com demência em estágio avançado”. (JSG)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas