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Peregrinações ao Santuário Mariano de Nsimalen, no Cameroun

Centenas de cristãos católicos do Cameroun e da África em geral peregrinaram a Nsimalen no último 16 de setembro, para rezar na presença da Santa Virgem Maria.

Estar em presença da Santíssima Virgem é uma prioridade para milhões de cristãos católicos da África central em geral e do Cameroun, particularmente. Todos os dias e, sobretudo nos finais de semana, o santuário marial de Nsimalen acolhe milhares de devotos de Maria.

A Santa Virgem apareceu no Cameroun de 13 a 21 de maio de 1986, e, desde essa data, registrou-se a visita de milhares de peregrinos todos os anos ao santuário Marial de Nsimalen. A Mãe de Deus apareceu a três jovens: Jacqueline Doumou Atangana (10 anos), Adèle Ebana Kono (12 anos), Marie Clément Abena (12 anos).

Nsimalen é uma pequena vila nos arredores de Mfou, no departamento de Mfou e Afamba, região central do país. Esta localidade encontra-se a uns vinte quilômetros ao sul da capital de Camareoun (Yaoundé).

Ela está sob os cuidados eclesiais da paróquia de São Pedro e São Paulo, a alguns passos de onde fica a Casa Mãe da Congregação das Filhas de Maria e o colégio católico de Nossa Senhora de Mimetala. Do outro lado, está uma comunidade das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo e, ainda uma outra comunidade das Filhas de Maria e a escola primária Santo Tomas de Aquino. O santuário marial de Nossa Senhora da Paz fica adjacente ao aeroporto internacional de Nsimalen.

No ano de 1986, A Igreja do Cameroun preparava-se para celebrar o centenário da chegada dos padres Palotinos em Camarões. O País havia confiado seus primeiros missionários à Mãe de Deus, na invocação de Rainha dos Apóstolos.

Os fatos

Segundo fontes dignas de confiança, o fenômeno começou no dia 13 de maio de 1986, por volta das treze horas. E iria durar até a data de 21 de maio, ou seja, durante nove dias.

As primeiras testemunhas foram 3 crianças da escola Santo Tomas de Aquino, da paróquia local. Elas viram uma Senhora e seres alados que a acompanhavam “suspensos no ar”, no corredor, ao lado direito da igreja.

Eis o que afirma uma das mensageiras, Adéle:

« Estávamos todas as três sentadas à entrada da porta principal da igreja. Como o intervalo terminou, estávamos voltando para a instituição. Mas Jacqueline levantou-se subitamente e em primeiro lugar se dirigiu para o caminho que leva à escola. Ela voltou-se e gritou: “Jesus, Jesus, Maria!” Ficamos espantadas, Maria Clément e eu, porque sabíamos que Jacqueline era surda e muda. Mas eis que ela acabava de falar. Chamava-me com gestos, afim de fazer-me conhecer o que estava vendo. Eu fiz um sinal para Maria Clément (…) por curiosidade e insistência, aproximei-me dela. Eis que eu também vi uma mulher branca cercada por quatro seres alados , movendo-se em direção da entrada da igreja (dois na frente e dois atrás). Ouras crianças percebendo nossos movimentos se juntaram a nós”.(1)

A Senhora

“As crianças viram uma senhora Branca, elegante, jovem e bela, caminhando em direção à Igreja, sem que seus pés tocassem no solo. Maman Marie Léonie Meyong, presente no momento das aparições (vive ainda hoje), afirma: Ela tinha uma altura normal, vestia um túnica “bege luminosa”; um véu da mesma cor e um cordão azul entorno da cintura. Um rosário no seu antebraço esquerdo. Em torno dela se encontra os mesmos seres alados. A senhora avança como que para entrar na igreja, pára sorrindo, volta-se, toma altitude e se eleva. Um vento a leva em direção da floresta. Ela atravessa um pântano abaixo da área da paróquia e vai parar na floresta, suspensa no espaço, tal como num ícone, entronizada num topo, entre dois galhos de uma árvore gigante chamada Béti Akondock (Nucléa diderricho)”.

Ela ficou ali por nove dias consecutivos, deixando-se ver por muitas pessoas. De longe, a Senhora só podia ser vista apenas do páteo da igreja ou da escola, que está em um declive. Tinha suas mãos postas na altura de seus ombros e os olhos fechados. Ela parece mergulhada numa profunda oração, voltando-se na direção da paróquia, como também do Noviciado de Mimetela. Alternando sua posição ora de pé, ora de joelhos. Um perfume de rosas expandia de sua presença…

Monsenhor Jean Zoa (1922-1998), então arcebispo de Yaoundé, mostrou-se reticente em relação ao fenômeno. Em 2004, Monsenhor Victor Tonye Bakot atual arcebispo de Yaoundé, na festa de Pentecostes, anunciou a decisão de abrir Nsimalen às devoções mariais. A catedral de Yaoundé vibrou sob os aplausos do fiéis. Testemunha o arcebispo: « Eu senti que devia liberar os corações ».

Por Bernard Amadou

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