Dom Paglia analisa resultados do último Encontro Mundial das Famílias e aponta novas atividades

Cidade do Vaticano (Reça-feira, 05-02-2013, Gaudium Press) O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Arcebispo Vincenzo Paglia, falou na segunda feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, sobre o tema “De Milão à Filadélfia: as perspectivas do Pontifício Conselho para a Família”. Ele analisou em sua conferência para os jornalistas os resultados do Encontro Mundial das Famílias realizado em maio do ano passado, na cidade italiana de Milão. Participaram também da entrevista o casal Francesca Dossi e Alfonso Colzani, responsáveis pelo “Serviço para as Famílias”, da arquidiocese de milanesa.

Dom Vincenzo Paglia

O Arcebispo afirmou que esse evento “demostrou a força vital que as famílias representam na Igreja e na Sociedade mesma. Ele lembrou que apesar dos muitos problemas existentes no matrimônio, a família continua sendo o “recurso” fundamental de nossa sociedade. As estatísticas são unanimes em assinalar que a família situa-se em primeiro lugar como sendo o local onde se encontra segurança, refúgio, apoio para a vida e é o ponto cume do desejo da grande maioria dos jovens. Segundo o Arcebispo por volta de 80% dos jovens dizem preferir o casamento e somente 20% deles opta pela convivência entre casais não casados. Dom Paglia lembrou que a necessidade da família está gravada no coração humano desde que Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só”.

O Pontifício Conselho para Família “sente a necessidade de ajudar tanto dentro como fora dos confins da Igreja a redescobrir o valor da família (…) Temos um grande trabalho por fazer no plano cultural: trata-se de restaurar o valor de uma cultura da família, para que volte a ser atrativa e importante para a própria vida e para a sociedade (…) Ocupar-se da família não significa restringir-se a um segmento da vida ou da sociedade: hoje significa ampliar os horizontes para além de si mesmo e decidir-se a participar na construção de uma sociedade que seja “família” em si mesma, até dar guarida à “família” dos povos e nações”.

Para concluir o encontro o prelado mostrou as iniciativas ao longo deste ano e até o próximo encontro das famílias na Filadélfia. Entre as atividades destaca-se a apresentação da Carta dos Direitos da Família. Em abril terá início uma série de seminários chamados “Diálogos para a família” quando especialistas em diferentes disciplinas abordarão questões relativas aos principais desafios relacionados com a família e o casamento. Em Roma, no final de junho, terá lugar um congresso internacional de advogados católicos, centralizado nos direitos da família. Por último, haverá, em outubro, a assembleia plenária do Pontifício Conselho que se centrará na Carta dos Direitos da Família.

Nos dias 26 e 27 de outubro, motivada pelo Ano da Fé, haverá uma peregrinação das famílias até o túmulo de são Pedro a la tumba de São Pedro. O programa prevê na tarde de sábado, 26, um momento de acolhimento e de oração na Praça São Pedro, e domingo, 27, a missa presidida pelo Pontífice. Serão “dois dias de oração, comunhão e festa” com o Papa.

Encontros Mundiais da Família

Os Encontros Mundiais da Família têm como principal objetivo reforçar a instituição familiar e seus laços nos cinco continentes. O primeiro foi em 1994, em Roma, coincidindo com a celebração do Ano Internacional da Família.

Em 1997 foi a vez do Rio de Janeiro, e em 2000, Ano do Jubileu, novamente as famílias se reuniram em Roma, sob o lema “Filhos, primavera da família e da sociedade”.

Em 2003, as famílias cristãs de todo o mundo se reuniram em Manila, em 2006 em Valencia , com a presença de Bento XVI; em 2009 na Cidade do México e em 2012 em Milão.

Na capital mexicana, o Santo Padre não pôde ir por motivos de saúde, devido à altitude da capital mexicana, tendo participado em videoconferência.

O próximo encontro será na Filadélfia, em 2015. (JS)