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Para secretário-geral do Sínodo para o Oriente Médio, Assembleia Especial já começou

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07-06-2010, Gaudium Press) Para o secretário-geral do Sinodo dos Bispos para o Oriente Médio, Dom Nikola Eterovic, com a entrega do documento “Instrumentum Laboris” pelo Papa no Chipre, o Sínodo já pode ser considerado iniciado. Ao menos “idealmente”, como ressaltou.

A íntegra do documento já foi publicada no site oficial do Vaticano, em quatro línguas diferentes: além do árabe, oficial da Assembleia, também em italiano, francês e inglês.

Todo o “Instrumentum Laboris” está divido em três partes – “A Igreja Católica no Oriente Médio”, “A Comunhão Eclesial” e “O Testemunho Cristão” – e traz um estudo minucioso da presença da Igreja Católica e outras denominações cristãs na região, com todos os seus desdobramentos. O tema do Sínodo é justamente “A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho”.

O documento foi elaborado contando com a contribuição de prelados no Oriente Médio e debruça-se sobre as principais urgências e desafios dos cristãos na região, como conflitos políticos, cerceamento de liberdade religiosa, o crescimento do Islã contemporâneo e, até consequentemente, a emigração cristã de alguns países.

Mas o texto também aponta caminhos de catequese e destaca a comunhão eclesial entre religiosos e leigos e o diálogo inter-religioso, nomeadamente com os judeus e os muçulmanos

Outro ponto do documento ressalta o peso dos cristãos nas sociedades locais, não obstante seu número exíguo. “A história fez com que nos tornássemos um pequeno rebanho. Mas nós, com a nossa conduta, podemos voltar a ser uma presença que conta”, lê-se no texto, de 40 páginas.

O documento também aponta três obstáculos para a obtenção da paz na região: o conflito entre israelenses e palestinos, o desrespeito pelo direito internacional e pelos Direitos Humanos e o egoísmo das grandes potências, que desestabilizou o equilíbrio da região e impôs uma violência que está levando a população ao desespero.

“Diante desse desafio e com o apoio de toda a Igreja, o cristão no Oriente Médio é chamado a aceitar a própria vocação, a serviço da sociedade”, clama determinada passagem do “Instrumentum Laboris”.

 

 

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