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Posso rezar enquanto dirijo?

“É preciso orar sempre, sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18, 1).

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Redação (30/11/2025 11:31, Gaudium Press) Para responder de modo adequado a esta pergunta, precisamos relembrar o que é a oração. O Catecismo da Igreja Católica assume a definição clássica: “A elevação do espírito para Deus” (CCE 2098). Mas quando podemos elevar a mente a Deus? “É preciso orar sempre, sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18, 1), nos responde o Evangelho. Portanto, nunca se rezará demais, desde que não sejam abandonados os deveres do próprio estado.

Afirmou o Papa Bento XVI, numa audiência de 11 de maio de 2011: “O homem sabe, de qualquer modo, que pode dirigir-se a Deus, sabe que Lhe pode rezar. São Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da História, define a oração como ‘expressão do desejo que o homem tem de Deus’”.

Então, concretamente, podemos rezar enquanto dirigimos? Sem nenhuma dúvida. Podemos rezar um Terço no trânsito? Claro que sim! Porém, cuidado! A oração é um ato muito importante. Rezar enquanto se está no trânsito não dispensa o homem do dever de reservar um tempo especialmente para Deus.

A oração feita durante a realização de alguma atividade deve ser a expressão de um coração desejoso de santificar todos os momentos do dia. Pode decorrer também da contingência na qual se encontra alguém demasiadamente ocupado por trabalhos, mas que não quer deixar de rezar o seu Rosário. Está ótimo assim!

Mas normalmente terá muito mais valor a oração feita numa igreja. Assim afirma São João Crisóstomo, cujas palavras podem ser aplicadas também às preces recitadas fora do lar, por exemplo, no automóvel: “Embora possas, de fato, rezar em tua casa, não saberás rezar ali como na igreja […]. Quando invocas o Senhor em particular, não és tão bem ouvido como quando o fazes em companhia de teus irmãos. Há na igreja algo a mais: a união dos espíritos e das vozes, o laço da caridade, as orações dos sacerdotes” (Sur l’incompréhensibilité de Dieu. Homélie 3: SC 28bis, 219).

Pe. Ricardo José Basso, EP

Publicado na Revista Arautos do Evangelho, novembro 2025.

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