Gaudium news > Bispos da UE pedem aos países europeus que apoiem a Ucrânia

Bispos da UE pedem aos países europeus que apoiem a Ucrânia

Após os Estados Unidos anunciarem a suspensão da ajuda militar à Ucrânia, os bispos da União Europeia, em um comunicado de imprensa, pedem aos Estados-Membros que continuem a fornecer assistência financeira “à vítima da agressão: a Ucrânia”.

347856835 1721972624926864 3313218413095566801 n

Redação (04/03/2025 11:11, Gaudium Press) Poucos dias após a discussão entre Volodymr Zelensky e Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca, o governo dos EUA anunciou, nesta segunda-feira, 3 de março, a suspensão da ajuda militar a Kiev. O diálogo entre Kiev e Washington parece, portanto, ter sido interrompido, apesar de os Estados Unidos serem o principal prestador de ajuda ao país devastado pela guerra, disponibilizando 64,1 bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia no espaço de três anos, de acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial. Diante desse cenário, os bispos da União Europeia emitiram uma declaração pedindo que a União e seus Estados-Membros continuem a ajudar a Ucrânia diante da “injustificável invasão em larga escala da Rússia”.

A Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) destaca o apoio “humanitário, político, econômico, financeiro e militar” prestado pelos “dirigentes da União Europeia” e por muitas organizações da sociedade civil por meio de “gestos concretos de solidariedade”.

Alguns dias antes de uma cúpula especial de defesa da UE, marcada para 6 de março, a fim de discutir “garantias de segurança” para a Ucrânia, a COMECE acredita que o resultado da guerra na Ucrânia não é apenas uma questão do futuro desse país do Leste Europeu, mas que será “decisivo para o destino de todo o continente europeu e de um mundo livre e democrático”. Como eles apontam, “a invasão da Ucrânia pela Rússia é uma violação flagrante do direito internacional. O uso da força para alterar as fronteiras nacionais e os atos atrozes cometidos contra a população civil não são apenas injustificáveis, mas exigem uma consequente busca por justiça e responsabilidade”.

Embora eles exijam negociações para alcançar uma “paz global, justa e duradoura”, isso não deve excluir a Ucrânia, “a vítima da agressão”, e deve envolver uma “solidariedade transatlântica e mundial forte”.

Após mais de três anos de conflito, um eventual acordo de paz não pode prescindir de garantias de segurança para “evitar a recorrência do conflito” e proteger os direitos de todas as comunidades na Ucrânia, “incluindo a minoria de língua russa”. “O acordo de paz deve estabelecer as condições necessárias para que as famílias ucranianas possam se reunir e viver com dignidade, segurança e liberdade em sua pátria soberana e independente”, ressalta a COMECE.

Com relação à reconstrução, os bispos europeus acreditam que a comunidade internacional deve participar, assim como a Rússia, o “agressor”. Eles também estão pedindo que a integração da Ucrânia à União Europeia seja acelerada, algo que Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, espera que aconteça antes de 2030. Essa ampliação da UE poderia permitir que ela “permaneça fiel à sua vocação de promessa de paz e âncora de estabilidade em sua vizinhança e no mundo”.

Com o início da Quaresma na quarta-feira, 5 de março, a COMECE continua confiando a Ucrânia e a Europa a Nosso Senhor Jesus Cristo por intercessão de Maria, a “Rainha da Paz”.

Com informações COMECE e Vatican news

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas