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Tailândia: 8 mártires a caminho da canonização

Uma comissão nomeada pela Conferência Episcopal da Tailândia preparou relicários com as relíquias dos oito mártires, que serão expostos em todas as dioceses da Tailândia.

Foto: Wikipedia

Foto: Wikipedia

Redação (15/01/2025 12:01, Gaudium Press) No dia 12 de janeiro, antes da Celebração Eucarística em memória ao Beato Nicolau Bunkerd Kritbamrung, realizada em Samphran, a oeste de Bangkok, o núncio apostólico na Tailândia, Dom Peter Bryan Wells, procedeu à entrega das relíquias dos oito mártires ao recém-nomeado arcebispo Francisco Xavier Vira Arpondratana, da Arquidiocese Metropolitana de Bangkok.

A cerimônia ocorreu após um evento realizado em 14 de dezembro de 2024, no Santuário de Nossa Senhora dos Mártires da Tailândia em Songkhon, onde relicários foram entregues ao arcebispo Anthony Weradet Chaiseri da Arquidiocese Metropolitana de Tharae-Nongseng e suas três dioceses sufragâneas: Ubon Ratchathani, Udon Thani e Nakhon Ratchasima.

As relíquias simbolizam a unidade desses oito mártires, que viveram e morreram por sua fé durante um período de perseguição em meados do século XX.

Em sua homilia, o arcebispo Wells destacou a coragem dos mártires, afirmando que “eles foram batizados em Cristo primeiro na água e depois no sangue”, convidando os fiéis a se inspirarem nos sacrifícios deles e a viverem suas promessas batismais com convicção.

Oito Mártires da Tailândia: Testemunhas de Fé e Unidade

No ano passado, a Conferência dos Bispos Católicos da Tailândia (CBCT) decidiu unificar as causas de canonização do Beato Nicholas Bunkerd Kritbamrung de Bangkok e dos Sete Beatos Mártires de Songkhon.

Essa decisão ressalta o testemunho conjunto de fé durante um período de turbulência política e social, que ocorreu entre 1940 e 1944, quando o Cristianismo foi classificado como uma “religião estrangeira”.

Beato Nicholas Bunkerd Kritbamrung

Beato Nicholas Bunkerd Kritbamrung

O Beato Nicholas, sacerdote em sua cidade natal, Samphran, ministrava os Sacramentos ao seu rebanho em meio à perseguição. Condenado a 15 anos de prisão, batizou 66 companheiros na prisão. Apesar de padecer de tuberculose (contraída na prisão) por nove meses, permaneceu firme em sua fé, vindo a falecer na prisão em 1944, aos 49 anos.

No mesmo período, no povoado católico de Songkhon, o catequista Philip Siphong e seis mulheres, incluindo duas religiosas, escolheram o martírio em vez de renunciar à sua fé.

Seus sacrifícios foram reconhecidos pelo Papa João Paulo II, que beatificou os sete mártires de Songkhon em 1989 e o Beato Nicolau (Nicholas) em 2000.

Processo de canonização

A Conferência dos Bispos Católicos da Tailândia, com o objetivo de promover a devoção a esses mártires e de inspirar os católicos a imitar sua fé inabalável, instituiu uma Comissão de Canonização liderada pelo arcebispo Anthony Weradet Chaiseri, da Arquidiocese de Tharae-Nongseng. Essa comissão preparou relicários contendo as relíquias de todos os oito mártires, que serão expostos em todas as dioceses da Tailândia.

Dom Andrew Vissanu Thanya-anan, presidente do Comitê para a Promoção da Causa da Canonização, explicou que “é o povo de Deus que dá origem à ‘fama sanctitatis’, reconhecendo esses mártires como testemunhas de Cristo e do Evangelho.”

Com informações Vatican news

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