“Nada de duradouro nasce e cresce sem amor”, assegura Papa Francisco

O Pontífice celebrou uma Santa Missa, diante de 55 mil fiéis, no Estádio Nacional de Singapura.

Foto: Vatican Media.

Singapura (13/09/2024 09:34, Gaudium Press) Na última quinta-feira, 12, o Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, diante de 55 mil fiéis, no Estádio Nacional de Singapura, última etapa de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, depois de ter visitado a Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste.

Em sua homilia, o Pontífice enalteceu a beleza da Cidade-Estado com suas fascinantes arquiteturas e imponentes construções, ressaltando que a origem delas está no amor, pois é a “caridade que edifica”. Segundo ele, se não há amor não há vida, nem impulso, nem razões para agir, nem força para construir.

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Nada de duradouro nasce e cresce sem amor

“Se existe e permanece algo de bom neste mundo, é simplesmente porque, em infinitas e variadas circunstâncias, o amor prevaleceu sobre o ódio, a solidariedade sobre a indiferença, a generosidade sobre o egoísmo”, destacou.

Por detrás de cada uma das obras que temos diante de nós, há tantas histórias de amor a descobrir. E é bom que aprendamos a ler estas histórias, escritas nas fachadas das nossas casas e nos traçados das nossas estradas, e as transmitamos, para nos recordar que “nada de duradouro nasce e cresce sem amor”, frisou.

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Nós somos o tesouro mais precioso aos olhos de Deus

O Santo Padre sublinhou ainda que a Fé confirma-nos e ilumina-nos ainda mais sobre esta certeza, porque nos diz que, na raiz da nossa capacidade de amar e de ser amados, está o próprio Deus, que com coração de Pai nos desejou e nos trouxe à existência de uma maneira totalmente gratuita e que, de forma igualmente gratuita, nos redimiu e nos libertou do pecado e da morte, com a paixão e a ressurreição do seu Filho Unigênito. É n’Ele que tudo o que somos e podemos vir a ser tem a sua origem e o seu pleno cumprimento.

Segundo ele, para além do deslumbramento diante das obras feitas pelo homem, há uma maravilha ainda maior, a ser abraçada com muito mais admiração e respeito, isto é, os irmãos e irmãs que encontramos todos os dias no nosso caminho. “O edifício mais bonito, o tesouro mais precioso, o investimento mais lucrativo aos olhos de Deus somos nós: filhos prediletos do mesmo Pai, chamados por sua vez a difundir o amor”, assegurou.

Foto: Vatican Media.

Nossa Senhora e de São Francisco Xavier

Por fim, o Papa lembrou de Nossa Senhora e de São Francisco Xavier. Sobre a Mãe de Deus, ele comentou: “A quantas pessoas o seu apoio e presença deram e dão esperança! Em quantos lábios o seu Nome apareceu e aparece nos momentos de alegria e de dor! Tudo isto porque n’Ela vemos o amor do Pai manifestar-se num dos modos mais belos e totais: o da ternura de uma mãe, que tudo compreende e perdoa sem jamais nos abandonar. Por isso nos dirigimos a Ela!”

Já sobre São Francisco, o Pontífice recordou que “é um santo muito querido nesta terra, que aqui encontrou hospitalidade por diversas vezes durante as suas viagens missionárias”. Recordando as palavras do missionário jesuíta “Senhor, eis-me aqui; que quereis que eu faça?”, o Santo Padre concluiu convidando os fiéis a terem como compromisso constante escutar e responder prontamente aos apelos de amor e de justiça que, ainda hoje, continuam a chegar-nos da infinita caridade de Deus. (EPC)