Amor e retribuição a Jesus Cristo
Gritam muito aqueles espinhos, aqueles cravos, aquela cruz, aquelas chagas e aquele sangue, buscando que nós amemos quem tanto nos amou.
Redação (25/06/2023 20:33, Gaudium Press) Jesus Cristo, enquanto Deus, merece de nós todo amor; mas Ele, com o amor que demonstrou, quis colocar-se, por assim dizer, na necessidade de que amemos pelo menos por gratidão por tudo quanto fez e sofreu por nós.
Mas quem, à vista de um Deus crucificado que morreu por nosso amor, poderá resistir e não o amar? Gritam muito aqueles espinhos, aqueles cravos, aquela cruz, aquelas chagas e aquele sangue, buscando que nós amemos quem tanto nos amou. É pouco demais um só coração para amar este Deus tão apaixonado por nós.
Para compensar o amor de Jesus Cristo, seria preciso que um outro Deus morresse por seu amor. “Ah, porque – exclamava São Francisco de Sales –, não nos lançamos sobre Jesus crucificado para morrer na cruz com ele, que quis morrer por amor a nós?” O Apóstolo bem nos faz saber que Jesus Cristo quis morrer por todos nós para que não vivêssemos mais para nós, mas somente para aquele Deus que por nós morreu.
Não te esqueças do teu fiador que, para satisfazer os teus pecados, quis pagar com a sua morte a pena devida por ti. Ó, quanto agrada a Jesus Cristo que frequentemente recordemos a sua Paixão! E quanto lhe desagrada que descuidemos de pensar nela! São Francisco de Sales chamava o monte Calvário de monte dos que amam. Não é possível recordar-se daquele monte e não amar Jesus Cristo que quis ali morrer por nosso amor.
Isto portanto há de ser o nosso maior cuidado: adquirir o verdadeiro amor a Jesus Cristo.
Extraído, com adaptações, de: AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. A prática do amor a Jesus Cristo. Trad. Luís Augusto. São Paulo: Cultor de livros, 2021, p. 41-46.
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