A história da Santa Túnica da Paixão de Cristo
Aos pés de Jesus crucificado, os soldados romanos cumpriram a profecia do Salmo 22 ao lançarem sorte sobre a túnica inconsútil do Salvador: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.
Redação (28/03/2023, 15:00 Gaudium Press) Aos pés de Jesus crucificado, os soldados romanos cumpriram a profecia do Salmo 22 ao lançarem sorte sobre a túnica inconsútil do Salvador: “diviserunt vestimenta mea sibi et super vestimentum meum miserunt sortem” (Repartiram entre si minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica).
A partir de então a história da Túnica inconsútil de Cristo permanece desconhecida. Acredita-se que ela tenha sido guardada pelos primeiros discípulos após a Paixão de Jesus Cristo.
Chegada na França
A História volta a mencionar a relíquia da Paixão de Cristo na época da Imperatriz bizantina Irene de Atenas, do Império Romano do Oriente. Irene desejava estreitar laços com Carlos Magno, herdeiro do Império do Ocidente, por isso, presenteou o imperador com a Santa Túnica, por volta no ano 800.
O imperador Carlos Magno confiou a relíquia da Túnica de Cristo ao mosteiro da Humildade de Nossa Senhora de Argenteuil, onde uma de suas filhas, Theodrade, era priora.
Percalços ao longo da História
Desde então a relíquia nunca saiu de Argenteuil mas não foram poucas as peripécias pelas quais ela passou. Com a invasão dos vikings, a Túnica foi escondida no interior das paredes do mosteiro e só foi encontrada após a realização de obras feitas no prédio, na Idade Média.
Durante a época da Revolução Francesa, temendo pela segurança e integridade da relíquia, o abade Ozet decidiu cortar a túnica em vários pedaços, que foram distribuídos a pessoas de confiança. Porém, a maior parte foi enterrada no jardim da casa paroquial. Com o fim da Revolução, a Túnica foi desenterrada mas nem todas as partes foram devolvidas.
A última grande tribulação pela qual passou a relíquia foi no século XX. Na noite do dia 12 para 13 de dezembro de 1983, o pároco de Saint-Denys descobriu que a Santa Túnica tinha sido roubada. Em 2 de fevereiro do ano seguinte, o sacerdote recebeu um telefonema de um desconhecido propondo a devolução da relíquia sob uma condição: que a identidade do autor do roubo nunca fosse revelada. A condição foi aceita e a relíquia foi restituída no mesmo dia.
Exposição da Santa Túnica da Paixão de Cristo
A relíquia da Túnica da Paixão de Cristo é exposta ao público apenas duas vezes no século, nos anos de 34 e 84. Excepcionalmente, Dom Stanislas Lalanne, Bispo de Pontoise, decidiu expor a relíquia por ocasião do Ano da Misericórdia em 2016. No último domingo, 26 de março, Dom Lalanne anunciou que a Túnica será novamente exposta em 2025, ano do Jubileu Universal. (FM)
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