Papa exige que a Cúria Romana faça economia, e os ‘outros privilegiados’?
Foi publicado o rescrito de Francisco que obriga a cúpula da cúria romana a pagar os aluguéis dos imóveis pelo valor normal.
Redação (03/03/2023 10:25, Gaudium Press) Após uma audiência concedida ao Prefeito da Secretaria para a Economia, Maximino Caballero Ledo, em 13 de fevereiro, foi publicado um decreto (rescriptum) no qual o Papa Francisco, considerando “a necessidade de todos fazerem um sacrifício extraordinário para destinar maiores recursos à missão da Santa Sé”, ordenou a revogação de todas as disposições
que permitem o uso gratuito ou em condições particulares – por cardeais, chefes de dicastérios, presidentes, secretários, subsecretários, dirigentes e equivalentes, incluindo os auditores e equivalentes do Tribunal da Rota Romana – dos bens imóveis de propriedade das instituições curiais e órgãos vinculados à Santa Sé, incluindo as Domus. [Domus Vaticanae é a instituição que reúne quatro pré-existentes, destinadas ao trabalho de acolhida: Domus Sanctae Marthae, Domus Romana Sacerdotalis, Domus Internationalis Paulus VI e Casa San Benedetto.]
O Papa determinou, portanto, que “as Instituições proprietárias dos imóveis deverão, portanto, aplicar os valores normalmente aplicados no que tange àqueles que não possuem cargos de qualquer tipo na Santa Sé e no Estado da Cidade do Vaticano”.
Uma medida já solicitada pelo falecido Cardeal Pell
A medida suscitou diversas reações, que se conheceu por uma fotocópia que saiu das gavetas da Cúria.
Reações como a da redação do Il Seismografo, que, ao mesmo tempo em que a considera “mais do que justa”, se pergunta “por que o Papa Francisco decidiu dar esse passo só agora, 10 anos após o início de seu pontificado”, uma vez que o primeiro Prefeito da Secretaria para Economia, o Cardeal George Pell, “teve a mesma ideia quando exerceu suas funções como Secretário da Economia. Na época, porém, ninguém ouviu sua proposta, e agora, muitos anos depois, o Papa Bergoglio a relança com sua assinatura.
Il Seismografo também se pergunta se “há certeza absoluta de que nestes 10 anos não surgiram outros privilégios e outros privilegiados, alguns com salários pelo menos exagerados? A esta altura cabe perguntar: quantos estão perdendo privilégios e favorecimentos e quantos podem ser plenamente considerados ‘os novos privilegiados’ do pontificado?
“Qual será agora o tratamento no caso de apartamentos localizados na cidade de Roma que têm inquilinos ilustres: políticos, jornalistas, administradores estatais, embaixadas e embaixadores, etc.?”
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