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Santa Apolônia, padroeira dos dentistas

A Igreja Católica celebra no dia de hoje, 9 de fevereiro, a memória litúrgica de Santa Apolônia, padroeira dos dentistas.

Santa Apolonia padroeira dos dentistas

Redação (09/02/2023 16:59, Gaudium Press) Em 249, uma revolta popular foi como o que o prelúdio da grande perseguição de Décio em Alexandria. Sublevado por um poeta que fazia o papel de adivinho, o povo pagão da cidade ergueu-se, subitamente, contra os cristãos.

Segurando, a princípio, um ancião chamado Metras. Ordenaram-lhe que proferisse blasfêmias; diante da recusa dele, esbordoaram-no a valer, vararam-lhe os olhos e o rosto inteiro e, finalmente, arrastando-o, o apedrejaram.

Depois, atacaram uma mulher, Quinta ou Cointa, levaram-na para o tempo do seu ídolo e, lá lhe ordenaram que o adorasse. Recusando-se ela, horrorizada, amarraram-na pelos pés, arrastaram-na por toda a cidade sobre pavimentos grosseiros, despedaçaram-na contra enormes pedras, e finalmente a conduziram ao mesmo lugar que o primeiro, e fizeram-na padecer o mesmo gênero de morte.

Animados pelas primeiras violências, atiraram-se todos ao mesmo tempo contra as casas dos fiéis; cada um pilhava os que conhecia na vizinhança, tirando das casas o que de mais precioso havia, e lançando o resto pelas janelas, para ser incendiado no meio das ruas.

Apolônia, virgem e mártir

Os fiéis ocultavam-se e retiravam-se, sofrendo com júbilo a perda dos bens. Os pagãos apoderaram-se de Apolônia, virgem de muita idade e admirável virtude. Golpeando-lhe os maxilares, com fúria, arrancaram-lhe todos os dentes. Em seguida, levaram-na para fora da cidade, acenderam uma grande fogueira e ameaçaram queimá-la viva, se não proferisse, com eles palavras ímpias.

Por gestos, deu ela a entender que desejava algum tempo; quando a deixaram sozinha, impelida subitamente por uma especial inspiração, atirou-se a fogueira, onde morreu. Um tal Serapião foi preso em sua casa e torturado tão cruelmente, que lhe quebraram todas as articulações; depois, atiraram-no do alto de um aposento, e terminaram-no no piso.

Não havia rua, nem caminho, nem recanto da cidade onde um cristão pudesse viver, nem dia, nem de noite. Por toda parte, os infiéis bradavam incessantemente que quem não proferisse palavras ímpias seria imediatamente arrastado e queimado. Os males duraram muito tempo; finalmente, a guerra civil, sobrevinda, voltou o furor dos pagãos contra si próprios, e deixou que os cristãos respirassem um pouco.

(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume III, p. 119-120)

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