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O que é um sacramento?

Ninguém sabe utilizar ou aproveitar bem aquilo que não conhece.  E, também na religião, isso se dá. Por isso, muitas vezes os fiéis desperdiçam enormes benefícios simplesmente porque não os conhecem ou deles possuem apenas uma vaga noção. É o que ocorre com os sacramentos…

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Redação (27/12/2021 10:09, Gaudium Press) Após viver 33 anos nesta terra, chegara o momento de Nosso Senhor Jesus Cristo subir para o Pai. Contudo, antes de partir, ele deixou instituída a Santa Igreja Católica e a ela confiou a grande missão de conduzir os homens a Deus. Para isso, entregou-lhe meios eficacíssimos para a santificação dos fiéis, entre os quais os sacramentos.

Estes, estão continuamente à nossa disposição, ainda que nós nem sempre os procuremos.

E, para melhor aproveitá-los, sem dúvida, convém melhor os conhecermos, afinal, ninguém sabe como usar aquilo que não conhece….

Conheçamos então um pouco mais sobre eles.

Noções básicas sobre os sacramentos

Como afirma o catecismo da Igreja Católica: “Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis, com os quais são celebrados os sacramentos, significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Eles dão fruto naqueles que os recebem com as disposições requeridas”.[1]

Assim, é em virtude do poder de Nosso Senhor Jesus Cristo que tais sacramentos produzem a graça, não em virtude de nossos méritos.

São, portanto, meios eficacíssimos para os fiéis obterem graças, pois através deles o homem tem a possibilidade de se tornar filho de Deus; ser armado soldado de Cristo; ser ungido como ministro de Nosso Senhor; refletir a união entre Cristo e Igreja, obter o perdão dos pecados e a plena restauração da alma e, Ó inaudito prodígio, receber Deus em sua alma!

Estes sacramentos são sete. A saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema unção, Ordem e Matrimônio. Todos eles instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo e confiados à Igreja, a qual não tem poder para instituir, mas apenas para custodiá-los.[2]

E para todo fiel, os sacramentos são indispensáveis à salvação, como afirma o Concílio de Trento: “Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não são necessários à salvação, mas são supérfluos, e que, sem eles ou sem o desejo de os receber, os homens obtêm de Deus, pela fé só, a graça da justificação, embora nem todos sejam necessários a todos: seja anátema”.[3]

Desse modo, é indispensável ao menos o desejo de receber os sacramentos, sobretudo o Batismo, como veremos em outro artigo, para se alcançar a Bem-aventurança. Pois convém que, tendo Deus estabelecido um caminho, os homens por ele sigam a fim de alcançar a Vida Eterna.

Os outros dois sacramentos necessários para a completa iniciação cristã são a Confirmação e a Eucaristia. Os demais, constituem um eficacíssimo meio de santificação e perfeição no estado próprio a cada homem.

Quanto às especificidades e graças próprias a cada sacramento, seria mais próprio apresentá-las separadamente, pois assim não corremos o risco de esgotar matéria tão bela e rica em algumas linhas por demais curtas. É o que nos propomos a fazer nos próximos artigos.

Por Thiago Resende


[1] CEC 1131.

[2] PAULO III. Concílio de Trento. 7ª sessão. In.: Cf. DH 1601; 1604.

[3] PAULO III. Concílio de Trento. 7ª sessão. In.: DH 1604.

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