Basílica de São Pedro poderá ter missas ‘individuais’ novamente
Uma nota do novo arcebispo da basílica, cardeal Gambetti, ameniza as disposições anteriores que haviam causado polêmica.
Redação (24/06/2021 09:53, Gaudium Press) Após o cancelamento, em 12 de março passado, das missas ‘individuais’ nos altares da Basílica de São Pedro e apenas a possibilidade de concelebrar na Basílica do Vaticano, várias vozes se levantaram, expressando sua perplexidade e pedindo para que se recuasse com a medida.
O ex-prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Sarah, por exemplo, apelou diretamente ao Papa para que a decisão da Secretaria de Estado fosse retirada: “Suplico humildemente ao Santo Padre que retire as recentes normas emitidas pela Secretaria de Estado, as quais carecem tanto de justiça quanto de amor, por não corresponderem à verdade ou à lei, e não facilitarem, mas sim colocarem em perigo o decoro da celebração, a participação devota na missa e a liberdade dos filhos de Deus.” Outros cardeais também se manifestaram no mesmo sentido.
Anteontem, na “Nota da Basílica de São Pedro sobre a ordenação das Celebrações Eucarísticas”, o novo arcebispo da Basílica, Cardeal Mauro Gambetti, introduziu alguns importantes matizes na disposição inicial:
“Admitem-se exceções em relação aos locais de celebração – por ocasião da memória de um santo cujos restos mortais se conservam na basílica – e a realização simultânea de certas celebrações para grupos de peregrinos ou na forma extraordinária do rito romano”.
No entanto, “quando possível, é mais oportuno que os presbíteros concelebrem”, ou seja, se um sacerdote chega com um grupo de fiéis, ele deve se juntar à concelebração, e com ele, seus fiéis.
Exceções
Lê-se também na Nota que “o Magistério ensina que as exceções em que se recomenda a concelebração são aqueles casos em que para o benefício dos fiéis não é exigido nem aconselhado o contrário”, ou seja, pode se excetuar a concelebração, levando em conta, por exemplo, “a compreensão do idioma na liturgia em ordem à caridade” ou “o valor pastoral que a celebração da Eucaristia possa ter para um grupo de peregrinos, de acordo com os ritos existentes na Igreja Católica”, referindo-se aos peregrinos que têm um afeto especial pela liturgia no rito antigo.
Enfim, “as dimensões da Basílica de São Pedro e sua arquitetura possibilitam responder às diferentes necessidades daqueles que desejam celebrar a Eucaristia em um grupo sem se sobrepor à concelebração que ocorre nos principais lugares litúrgicos”, uma vez que “a Basílica de São Pedro é caracterizada pelo ministério petrino da unidade, misericórdia e ortodoxia da fé e acolhe peregrinos de todo o mundo.”
Com informações Zenit
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