Papa recebe membros do Comitê do Conselho da Europa (Moneyval)
Para o Papa Francisco, “a adoração do antigo bezerro de ouro voltou com uma aparência nova e implacável”; voltou na “idolatria do dinheiro”.
Cidade do Vaticano (08/10/2020, 10:40, Gaudium Press) Na manhã desta quinta-feira, 08 de outubro, o Papa Francisco recebeu membros do Comitê de Peritos do Conselho da Europa (Moneyval) para fazer uma avaliação das medidas de combate à “lavagem” de capitais e ao financiamento do terrorismo.
Francisco realçou aos participantes do encontro o seu pensamento: este trabalho está “intimamente ligado à proteção da vida, à coexistência pacífica da raça humana na terra”, que é “um sistema financeiro que não oprime os mais fracos e necessitados”, e está “particularmente perto” do seu “coração”.
A supremacia do dinheiro sobre os seres humanos foi aceita e acolhida, preocupa-se pouco com a origem das riquezas
Para o Papa, “Em muitos lugares, a supremacia do dinheiro sobre os seres humanos foi aceite e, às vezes, no esforço de acumular riqueza, há pouca preocupação com a origem dela, as atividades mais ou menos legítimas que podem ter produzido e os mecanismos de exploração que podem estar por trás”, disse o Papa na audiência desta manhã.
É necessário refletir novamente sobre a relação com o dinheiro
Francisco disse também que pode acontecer que os recursos financeiros “sejam usados para espalhar o terror, para sustentar os mais fortes, os mais poderosos” e aqueles que estão dispostos a “sacrificar a vida de seus irmãos e irmãs sem nenhum escrúpulo, tudo em uma tentativa de manter seu poder”.
Por isso, o Pontífice disse sublinhou que considera “necessário” refletir “de novo sobre a relação com o dinheiro”, como está na Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’.
A volta da adoração do antigo “bezerro de ouro” com aparência nova
Segundo Francisco, parece que “a adoração do antigo bezerro de ouro voltou com uma aparência nova e implacável” na “idolatria do dinheiro e na ditadura de uma economia impessoal” onde falta um propósito verdadeiramente humano.
De acordo com as palavras do Pontífice, “quando a economia perde a face humana” não se é “servido pelo dinheiro”, mas as pessoas tornam-se “servos do dinheiro”. Para o Papa “Esta é uma forma de idolatria contra a qual somos chamados a reagir restabelecendo a ordem racional das coisas, que apela para o bem comum”.
Para encerar suas palavras, Francisco desejou a todos um bom trabalho e renovou sua gratidão pelo serviço que realizam, no âmbito da qual impede-se aos “mercadores” especular naquele templo sagrado que é a humanidade, segundo o desígnio de amor do Criador. (JSG)
(Fotos Vatican News)
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