Você está preparado para uma guerra no Brasil?
O que você faria se isso acontecesse? Está preparado para resistir, lutar e enfrentar todos os horrores que as sangrentas batalhas suscitam?
Redação (28/05/2022 10:40, Gaudium Press) Eu nasci, cresci e envelheci ouvindo as pessoas dizerem que nunca haveria uma guerra no Brasil, porque somos um povo pacífico que acolhe todo mundo, e não se mete com os problemas de ninguém.
Com o visível aumento da violência doméstica, no trânsito, nas escolas e do mata-mata – que tem se tornado mais comum com a expansão do comércio de armas – já não tenho certeza se somos tão pacíficos assim. Mas, entre brigar em casa e brigar na rua há uma grande diferença. Por enquanto, estamos brigando em casa, como irmãos implicantes que se desafiam, mas, e se formos invadidos, qual será a nossa reação? Saberemos lutar num campo de batalha?
Não somos belicosos, isso é certo e, se tivéssemos que pegar em armas para defender o nosso país, como têm feito os ucranianos, excetuando os que se especializam em escolas de tiro, seria um desastre total, algo parecido com a proeza do poeta Castro Alves, tão inábil com as armas que, ao participar de uma caçada onde é hoje o Largo da Concórdia, no famoso bairro do Brás, em São Paulo, atirou no próprio pé. Em carta, o poeta se lamentou a um amigo: “Estou, há vinte dias, de cama, de um tiro que dei em mim, por acaso.”
Guerra ou filme?
A estapafúrdia invasão da Ucrânia, que provocou uma guerra que já entra em seu quarto mês, deixou todos atônitos, comovidos, preocupados, até virar lugar comum e nós, que nos acostumamos com tudo, já nos acostumamos também com a guerra e com as consequências inevitáveis que ela nos trouxe: o execrável aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos. Basta de cenas de violência! O hit é a novela Pantanal.
Como a Rússia e a Ucrânia estão muito longe de nós e de nossa sul-americana realidade – conquanto nos tenham comovido todas as atrocidades que acompanhamos pelos noticiários ou pelas telas de nossos celulares –, tirando a apreensão, já envelhecida, com o início de uma Terceira Guerra Mundial, tudo parece distante demais para nos preocuparmos, como a um filme de ação e violência, estrelado por um galã de cinema de língua incompreensível chamado Volodymyr Zelensky.
Somos um povo bom, caloroso e hospitaleiro e não temos inimigos, não temos histórico de grandes guerras, por que alguém iria pensar em nos invadir e fazer uma guerra aqui, em nosso paraíso tropical? Isso é coisa do Leste Europeu e do Oriente Médio.
A Floresta Amazônica e Elon Musk
Acontece que nós temos motivo de sobra para que nos invadam, e esse motivo se chama Floresta Amazônica, também conhecida como pulmão do planeta – embora um pulmão já meio avariado que, igual ao pulmão dos fumantes, vai sendo danificado aos poucos pela fumaça das queimadas. Ou você acha que o homem mais rico do mundo veio ao Brasil só para provar uns quitutes tropicais e conhecer o presidente Bolsonaro?
“Claro que não!” podem me responder, “Ele veio porque quer instalar uns satélites por aqui para ajudar as criancinhas da zona rural que não têm internet nas escolas”. Não é possível que sejamos tão ingênuos! Não é por ser um filantropo que Elon Musk se tornou o homem mais rico do mundo, mas por ser um homem de negócios com um tino comercial arrojadíssimo e uma maneira nem sempre tão ética de proceder, vide as idas e vindas na tão propalada compra do Twitter.
Enquanto torcemos para que o presidente da República faça negócios com o trilionário, desejosos de que ele instale uma porção de satélites Starlink sobre o céu de nosso Brasil varonil, dando-nos a oportunidade de ter uma internet de qualidade por um preço baixo, para podermos ver mais vídeos no Tik-Tok e compartilhar Fake News com maior velocidade, não atentamos para acontecimentos muito importantes…
Futuro da vida no planeta
Talvez estejamos ocupados demais com todos os nossos problemas existenciais para notar que estamos em meio a uma disputa pelo futuro da vida no planeta.
No ano passado, Bill Gates, o número três na hierarquia dos homens mais ricos do mundo, tornou-se o maior proprietário privado de terras agrícolas dos Estados Unidos, depois de comprar mais de 100 mil hectares de terras agricultáveis.
Embora para o mundo ele defenda a agricultura autossustentável e a preocupação com os desastres climáticos, na prática, é um adepto da monocultura, tendo se tornado um dos maiores produtores de milho e trigo dos Estados Unidos.
O fundador da Microsoft gastou milhares de milhões de dólares com essas aquisições, além de investir pesadamente num moderníssimo sistema de armazenamento em atmosfera controlada, com infraestrutura de transporte de última geração e pronto acesso a hidrelétrica de baixo custo.
Essas operações são feitas de maneira discreta, tanto que só recentemente esse “lado rural” de Bill Gates veio à tona. Até então, ele permanecia como um investidor anônimo. Como nos Estados Unidos não sobrou terra para ser comprada e, na outra parte do mundo, que lidera a produção de grãos – Rússia e Ucrânia – não dá para meter a colher, os olhos de lince de Mr. Musk, estrategicamente posicionados em sua cara de sonso, voltam-se para o bem mais valioso do mundo de hoje: florestas, água e minério, abundantes em nossa pátria, embora nem nos demos conta disso.
É claro que não estou dizendo que, em vez de pousarem em Marte, os foguetes da expedição exploratória do dono da Tesla vão pousar aqui e nem que ele vá fazer guerra contra nossa pacífica nação, afinal, apesar de trilionário, ele é um moço de boa paz, que segundo declara, nem casa tem e se hospeda sempre em casa de amigos. Porém, se nos tornamos amigos, nada impede que ele queira vir se hospedar aqui…
A gravidade está em que ele não é o primeiro e nem o único a estender os seus tentáculos sobre a nossa biodiversidade e todas as imensas riquezas que brotam da terra, das árvores e do mar. Os maiores especialistas mundiais têm alertado para o risco de uma grande escassez de alimentos. Você não se esqueceu de qual é o país que “em se plantando, tudo dá”, não é mesmo? Esqueceu-se? É bom lembrar, porque os que detêm o poder sabem muito bem disso e, se Musk tivesse vindo aqui para fazer turismo, teria ido conhecer a Bahia ou o Cristo Redentor.
Os guerreiros da Virgem
Há um outro ativo fundamental que temos, a nossa fé. Mas, infelizmente, parece que até isso estamos perdendo, nos deixando levar por notícias sensacionalistas de veículos que discordam de tudo, mas se tornam plenamente concordes quando o objetivo é denegrir aqueles que estão verdadeiramente dispostos defender os valores cristãos, o Evangelho e a Igreja e, simultaneamente, defender tudo o que é legítimo, certo e bom.
Há algumas décadas, um homem valoroso chamado Plinio Corrêa de Oliveira bradou: “Tradição, Família e Propriedade!”, sendo ele, os seus seguidores e os que os sucederam, inúmeras vezes, taxados de loucos, ultraconservadores, fanáticos. Essas palavras, que já geraram tantas controvérsias, até hoje não foram devidamente compreendidas. Quiçá as sejam antes que se torne tarde demais. A tradição é desprezada, a família destruída e a propriedade pode, na calada de noite, mudar de nacionalidade.
Você acha mesmo que seria muito difícil haver uma invasão armada ao nosso país e sermos todos surpreendidos por uma guerra?
O que você faria se isso acontecesse? Está preparado para resistir, para lutar e para enfrentar todos os horrores que as sangrentas batalhas suscitam? Para que tal não ocorra, não é comprar uma arma e entrar para um clube de tiro que vai fazer de você um herói, mas engrossar as fileiras de nossa Generalíssima, sempre Gloriosa Nossa Senhora, guerreira invencível e auxiliadora de todos nós.
E os guerreiros da Virgem, os que fazem parte dos batalhões da Guardiã do planeta estão sendo banidos, perseguidos e atacados onde quer que apareçam, pelos quatro cantos do mundo. Você tem visto isso acontecer aqui e o que faz, além de dar aos inimigos da fé o benefício da dúvida, pensando, lá em seu íntimo, que onde há fumaça há fogo? Será que você não está apostando as suas fichas no cavalo errado, acreditando em notícias falsas e manipulações para ajudar a condenar aqueles que, num horizonte inóspito, poderão ser os únicos capazes de lhe defender?
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
Por Afonso Pessoa
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