Vaticano questiona medidas contra a liberdade religiosa devido à pandemia
Mons. Janus Urbanczyk, observador permanente da Santa Sé junto à OSCE, participou do encontro “Liberdade de Religião ou Credo”, organizado pela OSCE em Viena, nos dias 9 e 10 de novembro passados.
Redação (18/11/2020 11:43, Gaudium Press) Mons. Janus Urbanczyk, observador permanente da Santa Sé junto à Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa – OSCE, participou do encontro “Liberdade de Religião ou Credo”, organizado pela OSCE em Viena, nos dias 9 e 10 de novembro passados.
O prelado polonês fez sérias advertências, particularmente aos legisladores, sobre as consequências que as medidas restritivas, implantadas devido à pandemia, criam nas comunidades de fé. A fé, em tempos de crise, oferece “apoio moral” e leva “mensagens de solidariedade e de esperança”.
“As diferentes medidas impostas pelos Estados para combater a pandemia da COVID-19 têm tido consequências profundas na liberdade de manifestar a própria religião ou crença e têm limitado as atividades religiosas, educacionais e caritativas das comunidades religiosas”, declarou.
Depois de insistir que os Estados devem respeitar a autonomia das comunidades religiosas, Mons. Urbanczyk falou contra certas leis que buscam limitar o direito de contratar ou demitir pessoas de acordo com as opiniões e interesses dessas comunidades; posicionou-se contra a tendência de ter “atitudes negativas em relação às religiões e aos crentes, e a querer relegar as religões à esfera individual, despojando-as de seu papel legítimo na arena pública”.
Condenou também o que chamou de “disseminação do desprezo” para com as comunidades religiosas, incluindo conteúdos de “incitação ao ódio”, “promoção da irreverência” ou de “representações provocatórias” de símbolos religiosos.
A liberdade religiosa deve ser protegida
Os Estados não devem arrogar para si “o direito de interferir – sob o pretexto de consulta – na liberdade das comunidades religiosas”, afirmou também o prelado.
“Um dos principais desafios enfrentados hoje em dia por aqueles que defendem a liberdade de religião ou credo é convencer as pessoas de que, numa era secular, a liberdade religiosa é um direito importante que merece ser protegido.”
Com informações da Vatican News
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