Vaticano: onde o dinheiro das viúvas e fiéis não pode ser investido
A Santa Sé publicou a política de investimentos: não podem ir contra a doutrina católica.
Redação (20/07/2022 12:27, Gaudium Press) Algo que deveria ser claro como a água; mas, enfim, o Vaticano teve que lembrar que os investimentos da Santa Sé devem “estar alinhados com os ensinamentos da Igreja Católica, com exclusões específicas para investimentos financeiros que contrariem seus princípios fundamentais, como a santidade da vida ou a dignidade do ser humano ou do bem comum”.
Esses investimentos serão feitos pela APSA, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, e serão supervisionados por um comitê de quatro pessoas, presidido pelo cardeal Kevin Farrell.
A política de investimentos do Vaticano define claramente linhas vermelhas, ou minas que não podem ser pisadas: não será possível investir em produtos e tecnologias relacionados com “pornografia e prostituição; jogos de azar; indústria armamentista e de defesa; centros de saúde pró-aborto; e laboratórios ou empresas farmacêuticas que fabricam produtos contraceptivos e/ou trabalham com células-tronco embrionárias”.
Os setores que não são estritamente proibidos de investimento, mas devem ser evitados: petróleo e mineração, energia nuclear e bebidas alcoólicas.
É claro que essas políticas não surgiram por acaso: no ano passado, a Santa Sé foi acusada por um programa de pesquisa italiano de investir cerca de 24 milhões de euros em empresas farmacêuticas envolvidas na produção da abortiva “pílula do dia seguinte”.
As diretrizes do Vaticano agora excluem (e não se pode deixar de pensar aqui na Sloane Avenue de Londres) investimentos projetados para serem especulativos ou de uma estratégia especulativa “a menos que seja necessário para a eficiência das transações de investimento ou para cobrir o risco”.
Com informações CNA
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