Vaticano: detentos fabricam rosários de madeira para o ano jubilar de 2025
O Vaticano vai vender terços confeccionados por detentos a partir da madeira de barcos dos imigrantes. A iniciativa é um dos projetos sociais do Ano do Jubileu e visa favorecer a população carcerária e os imigrantes
Redação (06/12/2023, 16:00, Gaudium Press) O Vaticano está em preparativos para a entrada do ano jubilar, que começará no próximo dia 24 de dezembro e se encerrará no dia 25 de dezembro de 2024. Para esse grande acontecimento que pode atrair à cidade de Roma cerca de 30 milhões de pessoas, conforme os cálculos preditivos, a Santa Sé está lançando várias iniciativas a fim de favorecer dois tipos de população que estão entre os mais desmunidos da sociedade atual: os imigrantes e os presos.
Entre as iniciativas do Vaticano está a promoção dos “Rosários do Mar”, conforme explicou na conferência de imprensa da última terça-feira o Cardeal Mauro Gambetti, Arcipreste da Basílica de São Pedro e Presidente da Fabrique de Saint-Pierre (órgão responsável pela gestão do patrimônio artístico da Basílica São Pedro).
O projeto, feito em colaboração com a fundação Casa dello Spirito e delle Arti, recolhe as madeiras dos barcos de traficantes, onde os imigrantes embarcam para chegar à ilha italiana de Lampedusa. A fundação recolhe esse material há pouco mais de um ano e meio. Com a iniciativa “Rosários do Mar”, a madeira recolhida será transformada em rosários.
Para trabalhar a madeira, a Santa Sé conta com a ajuda de alguns presídios italianos, onde os detentos dão nova forma ao material, transformando as ripas em contas e crucifixos de terços. Após a confecção, os terços serão vendidos nas lojas espalhadas no Vaticano, e o valor arrecadado será destinado aos refugiados e às pessoas sem abrigo.
O segundo projeto visa favorecer igualmente a reinserção social de detentos e chama-se “Segunda Chance”. Concretamente, alguns presos são autorizados a trabalhar fora da prisão, e algumas isenções fiscais serão dadas às empresas que os contratam. Desde setembro passado, o Vaticano contratou um eletricista recluso da prisão de Milão para trabalhar na manutenção da basílica de São Pedro. Além desses projetos, a basílica oferecerá bolsas confeccionadas nos ateliês de costura da prisão de Viterbo, a partir de tecidos reciclados. (FM)
Deixe seu comentário