Vaticano apresenta Novo Diretório para a Catequese
Publicado originalmente em italiano, o documento já foi traduzido para outros cinco idiomas: espanhol, português, inglês, francês e polonês.
Cidade do Vaticano (25/06/2020 16:00, Gaudium Press) Nesta quinta-feira, 25 de junho, a Santa Sé apresentou a edição oficial do “Novo Diretório para a Catequese”. O documento publicado originalmente em italiano, já possui traduções em espanhol, português, inglês, francês e polonês.
A apresentação do documento ocorreu na Sala João Paulo II, sendo conduzida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, e com a participação do secretário do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, Monsenhor Octavio Ruiz Arenas, e do delegado para a Catequese do organismo, Monsenhor Franz-Peter Tebartz-van Elst.
Terceiro Diretório para a Catequese
O texto é destinado aos Bispos e comissões episcopais, além de envolver diretamente sacerdotes, diáconos, pessoas consagradas e milhões de catequistas “que desempenham o seu ministério com gratuidade, esforço e esperança nas diferentes comunidades”.
Este é o terceiro “Diretório para a Catequese” apresentado pela Santa Sé desde o Concílio Vaticano II. “Estes textos desempenharam um papel primordial. Constituíram uma ajuda importante para levar o caminho catequético a dar um passo decisivo, sobretudo através da renovação da metodologia e da instância pedagógica. O processo de inculturação, que caracteriza de modo particular a catequese e que, sobretudo nos nossos dias, obriga a ter uma atenção bastante particular exigiu a composição de um novo Diretório”, explicou Dom Fisichella.
Necessidade de levar em consideração o novo
Segundo o purpurado, este documento nasce da necessidade de levar em consideração “com grande realismo o novo que está surgindo, com a tentativa de propor uma leitura que envolvesse a catequese”. É por esta razão que o Diretório apresenta “não apenas os problemas inerentes à cultura digital, mas também sugere caminhos a serem tomados para que a catequese se torne uma proposta que encontre o interlocutor capaz de compreendê-la e ver sua adequação com seu próprio mundo”.
Dom Fisichella ressalta a importância de se recordar dos últimos Sínodos vividos pela Igreja, em particular o Sínodo sobre a Nova Evangelização e transmissão da Fé de 2012, com a consequente Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii gaudium, e o 25º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, que afeta diretamente a competência do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
Evangelização em primeiro lugar
Recordando que a evangelização deve ocupar o primeiro lugar na vida da Igreja e no ensinamento diário do Papa, o prelado destacou que “a catequese deve estar intimamente ligada à obra de evangelização e não pode ser separada dela. Ela precisa assumir em si mesma as próprias características da evangelização, sem cair na tentação de se tornar um substituto para ela ou de querer impor à evangelização suas próprias premissas pedagógicas”.
De acordo com Dom Fisichella, a partir disso é possível ver o primado do “primeiro anúncio” e o vínculo entre evangelização e catecumenato, “como experiência do perdão oferecido e da nova vida de comunhão com Deus”. “É urgente realizar uma ‘conversão pastoral’ a fim de liberar a catequese de certos laços que a impedem de ser eficaz”, destaca.
Três pontos principais
Dom Fisichella conclui dividindo o ensino catequético em três pontos. O primeiro ponto (primeiro anúncio) pode ser identificado no esquema escolar, segundo o qual a catequese de Iniciação Cristã é vivida no paradigma da escola. O segundo (evangelização) é a mentalidade com a qual a catequese é feita a fim de receber um sacramento. Um terceiro (catecumenato) é a instrumentalização do sacramento por causa da pastoral, desse modo os tempos do sacramento da Confirmação são estabelecidos pela estratégia pastoral de não perder o pequeno rebanho de jovens que não abandonaram a paróquia e não pelo significado que o sacramento possui em si mesmo na economia da vida cristã”. (EPC)
Deixe seu comentário