Uma lição dos Três Reis Magos
Que todos os povos, representados pelos três Magos, adorem o Criador do universo; e Deus não seja conhecido apenas na Judeia mas no mundo inteiro, a fim de que por toda parte o seu nome seja grande.
Redação (06/01/2023 09:23, Gaudium Press) No dia 6 de janeiro comemoramos o dia dos Reis Magos, que nos apresentam uma lição importantíssima de vida espiritual.
Quem eram os Reis Magos?
Antes de caminharmos juntos de sua caravana rumo ao presépio, precisamos conhecê-los melhor.
O mais velho deles era Gaspar, rei de Társis e das ilhas, com sua barba indicativa de uma idade avançada, mais ainda cheio de vigor. Citado pelos santos estudiosos como o Rei da Babilônia, acredita-se que sua ascendência seja do povo amarelo.
Com certeza o Rei Gaspar representa com toda sua fé, imaginação e fantasia o mundo poético dois indianos. Seu presente foi o ouro, dado em honra ao reinado do menino Jesus.
Melchior era o representante caucasiano da comitiva dos Reis. Vindo da Pérsia, com sua abundante barba branca e seu olhar fogoso, tinha dentro de si o espírito de um guerreiro, tal como todo seu povo.
Sua oferta sagrada foi o incenso, dado a Deus, à pessoa divina que era o infante nascido da Virgem, entendendo que sob as aparências de fragilidade estava o Todo-poderoso, o Deus dos exércitos.
Por último temos o terceiro Rei Mago, Baltazar, rei das Arábias, a famosa e mística terra dos contos das mil e uma noites. Acostumado com as estrelas e com a sabedoria prática dos de sua etnia, veio cantando e alegrando a comitiva com seu louvor.
Baltazar era de cor negra, e os Reis da Abissínia e Etiópia se consideravam como seus diretos descendentes. O Rei Africano trouxe ao Menino Deus a mirra, o famoso embalsador que prenunciava do sepulcro o pó escuro.
Lição dos Três Reis
O que os três Reis Magos, tão distantes de nossa geração, mais de dois milênios de diferença, podem nos ensinar hoje?
Reis eles eram por direito; magos eram por opção e dignidade. O termo era usado para indicar que eram estudiosos, cientistas e sábios, versados em observar os céus e ler os fenômenos celestes em sua abóbada. Eram astrônomos, guiados pelas suas indicações empíricas e seu pensamento lógico.
Mas o mais importante era que os três estavam conectados com o Deus das revelações. Eles, sem perder a compostura por verem nas estrelas o anúncio de Deus, partiram sem vergonha, sem medo de seguir a Estrela que lhes contava seu segredo.
Nós, no atual tempo, estamos tão conectados com as coisas da terra, que esquecemos nossa conexão com o sobrenatural. Não é verdade que enxergamos apenas o materialismo do aqui e agora, sem nos perguntar primeiro o que Deus, Ele que é o fundamento de tudo, quer?
Nunca fomos tão conectados com tanto sucesso entre nós. Globalização, internet, fazemos parte de uma rede global de comunicação. Infelizmente, nunca fomos tão surdos à voz de Deus.
É essa lição que os Reis Magos querem nos ensinar: que nos desliguemos um pouco a conexão com o mundo. Deixemos de lado, neste Natal, as aparências, as angústias pelos likes, a febre pelo entretenimento virtual, e nos prostremos diante da enorme estrela que Deus nos dá para que nos guiemos.
O sorriso de Jesus é o prêmio
Onde está este astro? Está perto o suficiente para que a vejamos. Será talvez uma conversa sincera com os pais. Uma abertura para o belo da natureza. O conselho de um amigo. O silêncio de uma igreja, de um templo sagrado.
Atendamos à lição dos Reis Magos, que caminharam sob as dificuldades da vida, rumo à adoração do Menino Deus. No final, eles triunfaram. Eles viram Jesus, quiçá tenham pego no colo o infante, com certeza receberam seu sorriso.
E se Deus nos sorri, do que mais precisamos nesta vida? (EPC)
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