Um milagre que está acontecendo neste momento!
Fé e ciência são opostas? Inúmeros são os fatos, na Igreja Católica Apostólica e Romana, que atestam a Fé e de como a ciência e a razão a corroboram. Um belo e extraordinário exemplo é o Milagre Eucarístico de Siena.
Redação (29/08/2020 11:51, Gaudium Press) Era 14 de agosto de 1730, véspera da festa da Assunção de Nossa Senhora, entre 17 e 18h. O ardente sol de verão abrasava ainda os campos recém-ceifados. Na cidade, as casas, ruas e igrejas estavam desertas, todos os fiéis se encontravam na Catedral, cantando louvores à Virgem ao som do órgão.
Nem todos… Aproveitando as circunstâncias favoráveis, alguns ladrões assaltaram a Basílica de São Francisco, a igreja mais afastada do centro da cidade, arrombaram a porta do sacrário e levaram o cibório de prata cheio de Hóstias consagradas.
Chegando ao altar para celebrar Missa no dia seguinte, o sacerdote percebeu que o sacrário estava aberto e havia desaparecido o cibório com todas as Hóstias. Tratava-se de um roubo, sem dúvida alguma!
A notícia se espalhou como um rastilho de pólvora. O triste acontecimento parecia uma afronta à festa da Assunção a realizar-se naquele dia.
Descobertas por um providencial acaso
Três dias depois, na Igreja de Santa Maria, da vizinha cidade de Provenzano, o clérigo Paulo Schiavi assistia à Santa Missa ajoelhado diante de um cofre de esmolas. Ao inclinar a cabeça na hora da Consagração, viu ou intuiu algo branco através da fenda por onde passam as moedas. Não teve dúvida em relacionar imediatamente o fato com o roubo das Hóstias em Siena.
Avisado da descoberta, o Pe. Girolano Bozzegoli cobriu o cofre com um tecido vermelho e acendeu duas velas, uma de cada lado. Em pouco tempo, a igreja ficou repleta de fiéis. Além do Arcebispo e outras autoridades, estavam presentes as pessoas que haviam confeccionado as hóstias e o sacristão da Basílica de São Francisco, onde tinha acontecido o sacrílego roubo.
Designou-se imediatamente uma comissão para abrir o cofre e fazer a verificação do seu conteúdo. Nele se encontraram as Hóstias roubadas “no meio de moedas, de pó e de muitíssimas teias de aranha”, conforme narra o cronista.
Durante duas horas, as Hóstias foram comparadas com outras, trazidas da Basílica de São Francisco, e se verificou não haver dúvida alguma de que todas tinham sido confeccionadas no mesmo molde.
Por último, elas foram contadas, e o número correspondia ao que havia declarado o sacristão da Basílica: 351.
Ante esses dados, a Comissão concluiu que evidentemente aquelas eram as Hóstias roubadas em Siena.
“Um fenômeno que contradiz as leis da conservação da matéria orgânica”
Nos primeiros meses não se falou, evidentemente, de milagre. Até então, o acontecimento se resumia no seguinte: um roubo havia causado grande consternação; após três dias, as Hóstias foram encontradas na igreja de uma cidade vizinha, como que por mero acaso; essa descoberta deu ocasião a grandes manifestações de amor à Sagrada Eucaristia. Isto nada tem de milagroso.
Mas, passaram-se os anos e as décadas, e aquelas Hóstias feitas de água e farinha não se desfaziam, nem mesmo davam o menor sinal de deterioração.
Milagre! — clamavam, exultantes, os homens de fé. Restava, porém, a dúvida dos céticos, à qual era preciso dar resposta irrefutável.
Assim, em abril de 1780, realizou-se o primeiro reconhecimento dos peritos. A este se sucederam outros onze, o último em junho de 1952. O mais importante deles foi o grande estudo físico- microscópico efetuado em junho de 1914.
A comissão estava presidida, do lado eclesiástico, pelo então Arcebispo de Siena, Dom Próspero Scaccia; e do lado científico pelo Dr. Siro Grimaldi, professor de Química Bromatológica na Universidade de Siena.
Essa investigação constatou que as Hóstias santas se encontravam em perfeito estado de consistência, com brilho, brancas, odorantes e intactas.
Todos os membros da comissão manifestaram seu acordo com a declaração do Prof. Grimaldi segundo o qual “as sagradas Hóstias de Siena são um clássico exemplo da perfeita conservação de hóstias de pão ázimo, consagradas em Siena no ano 1730, e constituem um fenômeno singular, de patente atualidade, que contradiz as leis naturais da conservação da matéria orgânica. É um fato único, consagrado nos anais da Ciência”.
As sagradas Hóstias encontram-se até hoje na Basílica de São Francisco, em Siena. Atualmente são apenas 223; as outras foram subministradas em Comunhão, a pedido dos devotos, sendo que algumas se perderam por causa das fragmentações e provas levadas a cabo nos diversos reconhecimentos científicos.
Milagre diário
Entretanto, não é menos espantoso o que se passa todos os dias em cada Missa celebrada pelos sacerdotes da Santa Igreja Católica em todo o mundo!
Nossos olhos não veem, mas quando o padre, na hora da Consagração, diz sobre o pão e o vinho: “Isto é o meu corpo”, “Isto é o meu sangue”, as substâncias pão e vinho desaparecem para dar lugar ao Corpo e ao Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Com efeito, conta-se o seguinte fato de São Luís IX, Rei de França. Enquanto trabalhava em seu gabinete, um ministro entra todo afoito e lhe diz:
– Majestade, corra! Venha ver! No momento em que o sacerdote elevou a hóstia, esta se transformou em um pedaço de carne!
São Luís, que naquele momento estava cuidando de coisas muitíssimo importantes de seu reino, no qual a glória de Deus estava em questão, ajoelhou-se e fez um ato de adoração à presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia.
Voltando-se depois para seu ministro disse:
– Para crer que Jesus está realmente na Eucaristia não necessito ver a hóstia transformar-se em carne, pois acredito firmemente que sob as espécies de pão e vinho, Jesus está verdadeiramente presente!
Peçamos a São Luís Rei e, sobretudo, a Nossa Senhora essa fé e amor ao Sagrado Coração Eucarístico de Jesus, continuamente presente nas igrejas pelo mundo!
Texto extraído, com adaptações, da revista Arautos do Evangelho n.45 setembro 2005.
Deixe seu comentário