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Ucrânia: Massacre russo a Mariupol

Sacerdote Paulino confessa que não imaginava que algum dia testemunharia tamanha barbárie e violência.  

mariupol

Redação (12/03/2022 11:25, Gaudium Press) Mons. Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, lamenta o “massacre que a população de Mariupol, cidade de Maria, está sofrendo, e que agora está transformada em cemitério para dezenas de milhares de pessoas. Vemos imagens horríveis do bombardeio a uma maternidade e vemos também valas comuns, contendo centenas de corpos sem vida”.

“A cidade de Mariupol tem cerca de 400.000 habitantes e está completamente cercada há quase duas semanas. As pessoas estão morrendo de fome, as pessoas estão congelando até a morte; mísseis, granadas e bombas estão caindo sobre suas cabeças”, ressaltou o arcebispo.

Testemunho de um sacerdote paulino

“Estou profundamente convencido de que nossa evacuação de Mariupol foi um milagre. Deus está cuidando de nós“, destacou o Pe. Paweł Tkaczyk, OSPPE, em entrevista à Rádio Vaticano.

“O que os russos estão fazendo em Mariupol brada ao céu e clama a Deus por vingança. Eles dispararam em caldeiras, transformadores de energia, bombardearam os lugares onde bombeiam água. Eles atingem esses lugares para prejudicar as pessoas”.

“Eles bombardeiam com uma carga diabólica principalmente porque é uma cidade mariana e o demônio está tentando destruir tudo”, continuou o Pe. Tkaczyk à Rádio Vaticano.

“A segunda razão é que, em 2014, as pessoas expulsaram os russos de Mariupol e agora se vingam do fato de que esta cidade, quase inteiramente de língua russa, não quer estar sob o domínio russo. Isso significa que os rutenos se sentem ucranianos”.

“Os russos estão fazendo de tudo para quebrar com o espírito de defesa de Mariupol e fazer com que o povo se renda. E é por isso que eles bombardearam uma maternidade, e lançaram uma bomba de cerca de uma tonelada no centro da cidade”.

“Normalmente eles destroem uma cidade para entrar lá. Sabe-se, no entanto, que quando os russos entrarem, eles começarão a expurgar, ou seja, matar todos os que estiverem contra eles. É por isso que a cidade está resistindo. Por uma questão de princípio, eles estão tentando acabar com Mariupol, fazer a cidade desaparecer da face da terra”.

Porém, o Padre Tkaczyk percebe os frutos das orações do mundo inteiro pela Ucrânia. “Você pode ver como nossos soldados estão resistindo; tudo o que foi planejado por Putin não deu certo. E é só porque Deus age e dá força, porque sem Ele nada poderia ser feito. Nossa saída de Mariupol é prova disso, com uma intervenção milagrosa da Divina Providência durante a evacuação”.

Quando a guerra acabar, o sacerdote retornará a Mariupol com seus irmãos, na primeira oportunidade. “Acredito que Mariupol não será conquistada e voltaremos para restaurá-la dos escombros, tanto espiritual quanto materialmente”, enfatiza o Padre Tkaczyk.

Os padres Paulinos foram os últimos a se retirarem de Mariupol.

 

 

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