Túmulo do Papa Francisco feito com mármore da terra de seus avós italianos
O anúncio de que a pedra do túmulo do Papa Francisco vem da Ligúria comoveu profundamente toda a comunidade de Cogorno, um pequeno vilarejo onde se encontram as raízes da família de Francisco.
Projeto do túmulo do Papa Francisco
Redação (24/04/2025 15:05, Gaudium Press) O túmulo do Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior será feito com materiais da região italiana da Ligúria. É um túmulo simples, com apenas a inscrição “Franciscus” e uma reprodução da cruz peitoral do falecido Papa.
O túmulo está localizado próximo ao Altar de São Francisco, no nicho da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela Salus Populi Romani) e a Capela Sforza. Em entrevista à TV, o co-arcipreste da Basílica, Cardeal Rolandas Makrickas, anunciou o desejo do Papa Francisco de ser enterrado em um túmulo feito com a “pedra da Ligúria, a terra de seus avós”.
Da Itália para a Argentina
É exatamente na pequena cidade de Cogorno que uma placa de ardósia comemora o bisavô de Bergoglio, Vincenzo Sivori. Ele viajou da Itália para a Argentina nos anos 1800. Lá, ele criou sua família, incluindo sua neta Regina Maria Sivori: a mãe do Papa Francisco.
“Um grande presente. Uma última surpresa”.
O Papa Francisco sempre manteve sua conexão com a Ligúria em segredo, por isso, a prefeita da cidade, Enrica Sommariva, descreveu sua surpresa quando soube que o Papa havia solicitado pedras da região de seus avós para seu túmulo.
Angela Sivori, que ainda vive em Cogorno, contou o momento em que descobriu que era prima do Papa Francisco. Ela recebeu um telefonema de Buenos Aires e uma árvore genealógica por e-mail. Ela e sua filha, Cristina, disseram que o pedido do Papa com relação à pedra para o túmulo foi um presente maravilhoso para a família, “uma última surpresa”, disse Cristina.
Encontro com as famílias
Em maio de 2017, o Papa Francisco encontrou sua família em Gênova. Cristina lembrou que, na época, sua mãe tinha 87 anos e que não sabiam se encontrariam com o Papa Francisco até o último minuto. “Então, três dias antes, recebemos uma ligação do Vaticano. Sete de nós nos reunimos e ele nos recebeu como um primo que veio do ‘fim do mundo’.” Durante a encontro, o Papa Francisco apertou as mãos de seus primos, sorriu e exclamou: “Finalmente, conheço os Sivoris!”
A pedra do povo
Há uma profunda conexão entre a ardósia e o falecido papa. Franca Garbaino, presidente do Distrito de ardósia, que inclui 18 pedreiras e 12 empresas espalhadas nas colinas da Ligúria, descreveu a ardósia como “não uma pedra nobre”, mas sim como “a pedra do povo”, que “dá calor”: “Se você tocar o mármore, sente o frio. A ardósia, por outro lado, devolve o calor. O Distrito já concordou em criar placas que acompanharão o Papa Francisco em seu descanso eterno.
Mesmo antes do Papa, a cidade de Cogorno tinha vínculos com os Papas Inocêncio IV e Adriano V.
Com informações Vatican news
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