Suicídios aumentam na Espanha
A terapia concentra-se, cada vez mais, na prevenção precoce, e a “espiritualidade” deve desempenhar um papel fundamental.
Redação (12/01/2022 19:05, Gaudium Press) Os índices de suicídio são preocupantes, principalmente nestes tempos de pandemia.
Em um fato que surpreendeu muitos, no final do ano passado, a mídia espanhola falava de índices de suicídios “históricos”: em 2020, houve mais suicídios na Espanha do que em toda a sua história, desde que começou a ser registrado. 3.941 pessoas tiraram a própria vida naquele ano, representando um aumento de 7,4% em relação a 2019. Dessas pessoas, 74% eram homens e 26% mulheres.
O suicídio, em 2020, foi a maior causa de morte não natural na Espanha, das 16.078 registradas naquele ano.
A tendência desse fenômeno é crescente.
Se, em 2008, pela primeira vez, o número de suicídios superou o dos mortos em acidentes de trânsito, uma década depois já triplicou.
O preocupante caso dos menores de idade
O maior número de suicídios na Espanha ocorre entre os 40 e 59 anos: são 1.608. Mas chama a atenção os 14 suicídios de jovens com menos de 15 anos que foram registrados em 2020, o dobro do de 2019. E chama a atenção também o aumento do suicídio nos maiores de 80 anos, que aumentou 20% em 2020. . .
Causas, estratégias, vida espiritual
É claro que o suicídio geralmente é consequência de um processo, no qual alguns alarmes já foram disparados. E que, cada vez mais, a terapia está voltada para a prevenção, e prevenção precoce.
Entre as estratégias preventivas, ganha força o que alguns chamam de prevenção espiritual, ou seja, o cultivo da religião como fator de proteção contra o suicídio.
Em um estudo realizado por uma pesquisa da Universidade Luis Amigó, verificou-se que, nos municípios de Antioquia, ‘autópsias psicológicas’ de suicidas revelaram que não havia “registro de fatores espirituais ou religiosos naqueles que se suicidaram”, isto é, não se investigava sobre esse tema ao analisar a vida de pessoas suicidas. Observaram os pesquisadores da Universidade, após uma revisão, que isso também ocorria em grande escala: houve “pouco relato de espíritos religiosos” em pessoas que tiraram suas próprias vidas.
E apesar do ‘desprezo’ que parece haver na ciência investigativa pelo contexto religioso dos suicidas, “várias pesquisas mostram que o espírito-religioso é um fator de proteção e um componente indispensável tanto na prevenção do suicídio quanto na intervenção oportuna antes e depois do ato suicida”, lembram os pesquisadores da Universidade Luis Amigó. Eles citam vários estudos nesse sentido, muito claros. No entanto, eles também confirmam que “suas implicações e contribuições são, em grande parte, desconhecidas pelos profissionais de saúde mental “.
Assim, a partir da Igreja, e perante estes sintomas de uma sociedade doente, deve haver uma consciência clara e renovada do benefício que a sua missão traz a esta sociedade. A Igreja tem a resposta para as grandes questões do homem, e também apresenta respostas adequadas para essa nova pandemia, que está afetando alguns segmentos mais do que a covid. (SCM)
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