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Suiça: Última religiosa de Wonnenstein luta para preservar o mosteiro

Planeja-se para o mosteiro capuchinho o estabelecimento de restaurantes, escritórios, um campus ético da Universidade de St. Gallen, consultórios médicos e espaços culturais.

Wonnenstein

Redação (25/08/2022 11:23, Gaudium Press) A Irmã Scholastica Schwizer vive em Wonnenstein há 58 anos. Ela é a última sobrevivente da comunidade franciscana estabelecida desde o século XVII em Rotbach.

“Fisicamente, sou a única irmã aqui. Mas desde a criação do mosteiro, 490 irmãs viveram aqui. Com elas, formo uma forte comunidade de espírito”, retruca Irmã Escolástica, que se recusa a deixar o convento de Wonnenstein.

Em 2013, o bispo de St. Gallen contatou a comunidade e propôs a criação de uma associação independente para ajudar as religiosas idosas a administrar o mosteiro. Em 2014, a propriedade do convento passou assim a ser uma associação de direito civil ‘Kloster Maria Rosengarten Wonnenstein’, a fim de garantir a manutenção das infraestruturas do mosteiro e a manutenção das últimas religiosas.

Wonnenstein deve permanecer um centro de habitação, atividade e espiritualidade. A associação planeja para este local o estabelecimento de restaurantes, escritórios, um campus da Universidade de St. Gallen, consultórios médicos e espaços culturais. Inicialmente, a igreja será reformada, e as obras já começaram.

A última religiosa

Após a morte da superiora, em 2020, o bispo e a associação pressionaram a Irmã Escolástica a deixar o mosteiro. Mas ela resiste, porque vê nesses planos a venda da história de Wonnenstein. Ela se sente roubada e traída.

Em dezembro de 2020, a religiosa contraiu covid e teve que ser hospitalizada e internada em um centro de reabilitação. Lá, ela recebeu um telefonema do bispo, perguntando “para onde eu queria ir depois da minha liberação.” Com efeito, o bispo queria que ela procurasse uma instituição para cuidarem dela. Mas a irmã não quis saber disso: “Quero ir para casa”, respondeu ela.

Recurso junto à Santa Sé

Nesse ínterim, a Irmã Escolástica contratou um advogado e processou a associação. Em abril de 2022, ela enviou um recurso à Santa Sé, denunciando a secularização ilícita do mosteiro ao transformá-lo em associação privada.

Em 19 de agosto, Roma deu seu veredicto. A Diocese de St. Gallen e a associação agiram de forma totalmente legal e de acordo com o direito canônico. Na época, as religiosas em questão tomavam decisões juntas nas assembleias capitulares. Elas estavam bem informadas e teriam entendido as consequências de suas decisões. A questão dos bens da associação também está corretamente resolvida. Não há “confusão de interesses financeiros da comissão executiva ou dos seus membros relativamente aos bens e imóveis do convento”.

Com informações cath.ch.

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