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Suíça: Diocese de Chur quer acabar com os sacerdotes exorcistas

A Diocese de Chur (Coira) não pretende mais oferecer os serviços de um sacerdote exorcista. Existem “soluções médicas ou psicoterapêuticas” para as pessoas com sofrimento psicológico, explicou o Bispo Joseph Maria Bonnemain.

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Redação (28/11/2022 11:57, Gaudium Press) O antigo exorcista da Diocese de Chur, Pe. Christoph Casetti, morreu em fevereiro de 2020 aos 76 anos, e Dom Bonnemain não pretende nomear um novo exorcista para sua diocese.

Em sentido técnico, existem duas modalidades de exorcismos: o público, realizado pelo bispo ou por alguém delegado por ele; e o privado, também conhecido como bênção de libertação, que pode ser feito por qualquer fiel, inclusive leigo, com o objetivo de libertar alguém de uma vexação diabólica.

Em uma entrevista para a Radio Regional SRF Ostschweiz, o bispo ressaltou: “Somos todos seres humanos que carregam dentro de nós forças e fraquezas. Qualquer pessoa que enfrente situações sociais, profissionais ou de saúde difíceis pode procurar tratamento. Existem soluções clássicas para isso: médicas, psicológicas, psicoterapêuticas”.

O bispo de Chur, que era médico de profissão, está convencido “de que não é necessário querer encontrar causas misteriosas” para os ‘supostos’ casos de possessões diabólicas.

Entretanto, o Catecismo da Igreja Católica afirma o seguinte a respeito do exorcismo:

O exorcismo tem por fim expulsar os demônios ou libertar do poder diabólico, e isto em virtude da autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Muito diferente é o caso das doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica.

Portanto, as possessões não são equivalentes a doenças, como alguns tendem a afirmar. Se os demônios não existissem muitas passagens bíblicas não teriam sentido.

Segundo Karin Iten, nomeada pela Conferência dos Bispos Suíços diretora do secretariado da comissão Abuso sexual no contexto da Igreja, “os exorcismos são degradantes e causam imenso sofrimento – não têm lugar numa pastoral que visa a dignidade e o bem-estar do ser humano”. Assustar com a imagem do diabo é “extremamente manipulador”.

É lamentável constatar que chegamos a este absurdo: pessoas ligadas à Igreja Católica que não acreditam na existência do demônio!

Com informações cath.ch.

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