Sobre as restrições às missas, o Arcebispo de São Francisco afirma: estamos chegando no limite
Mons. Cordileone convocou, nesse domingo, uma manifestação, durante a qual foram celebradas várias Eucaristias, terminando na Prefeitura.
Redação (22/09/2020 10:48, Gaudium Press) Não é normal que um arcebispo convoque seus fieis para uma manifestação. Mas, neste caso foi uma necessidade.
Trata-se do conhecido Mons. Salvatore J. Cordileone, arcebispo de São Francisco nos EUA.
O motivo: as extremas restrições impostas ao culto católico diferente das impostas às compras em lojas de varejo e shoppings, manifestações, etc.
“Há meses, apresentamos à cidade um plano de segurança para o coronavirus que incluía máscaras e distanciamento social, assim como fizeram as lojas de varejo localizadas em espaços fechados”, afirmou o Arcebispo em sua homilia. “A prefeitura disse sim às vendas a varejo em espaço fechado. Entretanto, nós católicos ainda não recebemos uma resposta oficial”.
Por isso, em um memorando que enviou a todos os párocos de sua diocese, o prelado anunciou que três paróquias organizariam procissões eucarísticas iniciando em diferentes locais, mas todas convergindo para Câmara Municipal de São Francisco, uma bela construção de estilo neoclássico em mármore branco, onde a sede do governo está situada.
Depois de chegar à Prefeitura, as pessoas assistiriam à missa ao ar livre, fora da Catedral de Santa Maria da Assunção, assim como ocorreu nesse domingo na manifestação intitulada “Free the mass”, “Liberem a missa”.
É discriminação
Neste momento, disse Mons. Cordileone, as pessoas podem fazer compras na Nordstrom’s (conhecida loja de departamentos) com 25% de sua capacidade. No entanto, vocês só podem entrar um de cada vez para rezar nesta grande catedral. Isso é igualdade? Não, não há nenhuma razão para esta nova regra, exceto o desejo de colocar os católicos, colocar você no “fim da linha”, expressão que tem um sentido de espera interminável, sem solução.
A esta realidade o Arcebispo não duvidou em qualificá-la de discriminação: “Sim, discriminação, porque não há outra palavra para isto”.
“Agora, em São Francisco, todos os que estamos aqui, estamos sendo postos no fim da linha”, disse. “Não importa quão ricos ou pobres sejam; não importa se são recém-chegados ou de famílias que já estão aqui há várias gerações; é nossa fé católica que nos une, e é por nossa fé católica que estamos sendo postos no fim da linha .”
Na homilia dominical, o prelado também destacou o trabalho social realizado pela agência Cáritas local e a Sociedade São Vicente de Paulo, durante a pandemia. Igualmente agradeceu o trabalho “dos sacrificados fieis laicos pelo que estão fazendo para manter vivo e visível o amor de Cristo nestes tempos angustiantes. Isto é o que significa chegar ao fim da linha”.
Com informação de CNS
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