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Síria: celebrada missa no antigo Santuário de São Maron

Os escoteiros maronitas rezaram para que esta terra abençoada permaneça como um lugar que lembre ao mundo que a fé cria a verdadeira paz nos corações e entre os povos.

Fotos: Maronite Scout/ Facebook

Fotos: Maronite Scout/ Facebook

Redação (09/11/2025 10:28, Gaudium Press) Pela primeira vez em mais de 15 anos, foi celebrada uma missa no antigo santuário de São Maron, na vila de Brad, a noroeste de Aleppo, Síria.

Este evento representa uma renovação do compromisso com as raízes da fé e da autêntica identidade maronita, e como uma comemoração da vida de São Maron, que uniu fé, amor, serviço, oração e ascetismo.

São Maron

São Maron (ou Maroun) foi um monge sírio do século IV. Pouco se sabe sobre ele, mas acredita-se que tenha estudado na Escola de Antioquia (um dos dois primeiros centros de ensino cristão) e posteriormente se tornado um eremita nas montanhas Taurus. Ele levava uma vida ascética de oração e contemplação ao ar livre.

São Maron faleceu no início do século V, ao que tudo indica no ano 410. Após sua morte, seu corpo tornou-se objeto de acesa disputa entre os habitantes de várias cidades da região, atraídos pelos milagres que dele emanavam mesmo post mortem. Cada comunidade almejava possuir os restos do santo eremita; por fim, prevaleceu a localidade mais populosa e mais forte, que os trasladou para um santuário erigido especialmente em sua honra e dedicado à sua memória. Não demorou para que o local se convertesse em centro de peregrinação, atraindo fiéis de todas as províncias.

Em 452, o imperador Marciano ordenou a construção de um grande mosteiro para os discípulos de São Maron – os monges maronitas. Esse mosteiro, conhecido como o de São Marun, constituiu o berço da Igreja Maronita.

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Peregrinação

A peregrinação ao santuário foi organizada pelos Escoteiros Maronitas e reuniu mais de 80 participantes, abrangendo jovens e idosos. Tal iniciativa revitalizou um dos locais cristãos mais sagrados da região, inserido no conjunto conhecido como as “Cidades Mortas”.

574492606 694245223744544 3691798659001147065 n e1762723719667A Igreja Maronita é um dos seis ramos orientais da Igreja Católica. O Pe. Gandhi Mahanna, que celebrou a liturgia, recordou aos fiéis que “a verdadeira presença de Deus se encontra em cada coração humano”, exortando-os a vivenciar a fé por meio do amor.

A visita também incluiu o Castelo de São Simão Estilita, um dos marcos cristãos mais proeminentes da região e um edifício histórico que testemunha a profundidade da fé cristã ao longo dos séculos.

Os participantes ofereceram orações pela paz no Oriente e por todos aqueles que mantiveram a fé apesar das dificuldades, afirmando que a vila de Brad, o Castelo de São Simeão Estilita e outras igrejas históricas da região continuam sendo símbolos de santidade. Eles esperam que o turismo religioso na Síria se recupere em breve, ressaltando que “a Síria era linda e continua sendo”.

Com informações CNA

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