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Ser santo no estado em que Deus me quer

O mérito das nossas ações depende muito menos da natureza das coisas que fazemos do que do espírito que as anima e da conformidade em que estão com a vontade de Deus.

Foto: Marten Bjork/ Unsplash

Foto: Marten Bjork/ Unsplash

Redação (03/08/2023 15:33, Gaudium Press) “Raramente Deus pede que lhe façamos conhecer o nosso amor por meio de ações extraordinárias. Nos mais insignificantes deveres de estado, aquele amor aparece com fidelidade constante. Graças a tal fidelidade é que Maria adquiriu méritos que a elevaram acima dos Anjos. Trinta anos ficou oculta em Nazaré com o Salvador. Aí, o seu principal estado era o cuidado do Filho e fornecer à família, por um trabalho conforme suas forças, o que lhe era necessário.

Erra ainda quem refere a santidade a práticas estranhas aos deveres de estado, e a estes despreza para se entregar àquelas. A maior de todas as perfeições consiste em amar o seu estado, desempenhando suas obrigações, desde que este estado esteja em ordem com a Providência.

Um operário ganhando sua vida com o suor do rosto e um pai de família que vive sem ambição, na obscuridade de uma fortuna minguada, não estão obrando menos a sua salvação do que aqueles que se acham em profissões mais elevadas, aqueles que estão exercendo santos ministérios. Muitas vezes mesmo, eles operam a salvação enfrentando menores riscos. O que te parece mais perfeito estado não significa que te seja melhor. Este é sempre aquele em que Deus te colocou.

Ilusão é querer ser santo à sua maneira, e não da maneira como Deus quer. As coisas só são feitas com perfeição quando são feitas com o pensamento de que Deus assim as quer.

Deus quer de ti uma continuidade de mínimas ações, e grandes coisas queres fazer. Daí sucederá que nem uma nem outra farás bem feita”.

ANÔNIMO. Imitação de Maria. São Paulo: Cultor de Livros, 2019, p.175.

 

 

 

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