Semear o Amor de Deus – Vocação das Mínimas do Sagrado Coração de Jesus
As Irmãs Mínimas amam com o Coração de Jesus, “com gestos ricos em ternura”, com um “amor simples e concreto” que se manifesta de modo particular na “oração”.
Cidade do Vaticano (11/08/2020 13:50, Gaudium Press) Por ocasião do centenário da morte da Bem-aventurada Margarida Maria Caiani, Fundadora das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração, o Papa Francisco enviou uma mensagem para as religiosas desta Congregação fundada em 1902.
Recordar a vida da fundadora para vencer os desafios do futuro
O Pontífice iniciou sua mensagem congratulando-se com a decisão da Congregação de começar o ano jubilar nesta data em que se recorda a memória da Bem-aventurada Margarida, para que as Irmãs possam “recordar a vida e os ensinamentos da fundadora, bem como estes quase 120 anos de caminhada, olhando também para os desafios do futuro”.
Margarida de Caiani é italiana e foi beatificada por São João Paulo II em 23 de abril de 1989.
Por que chamar-se Mínimas, franciscanas e humildes
Em suas palavras, Francisco recordou que ao denominar a Congregação como das “Mínimas”, a Bem-aventurada Margarida quis dar realce ao modo como deveria ser o estilo de vida da Congregação que ela fundava: “o estilo da pequenez”.
“Pequenez” que acabou recebendo confirmação junto à “árvore da grande Família Franciscana”, junto à escola de São Francisco, “para melhor seguir o Senhor, que primeiro ‘ se tornou pequeno’”, lembrou o Papa:
“É uma estrada para se fazer todos os dias. É um caminho estreito e cansativo, mas, se o seguirmos até o fim, a vida torna-se fértil. Como foi para a Virgem Maria, observada pelo Altíssimo justamente porque era humilde, pequena (cf. Lc 1,47); e, assim, ela se tornou a Mãe de Deus. ”
“Mínimas”: amar com o Coração de Jesus, com gestos ricos em ternura e oração
O Papa Francisco comentou que o amor que Jesus tem por nós “é um amor concreto e fiel, feito de proximidade, de gestos que nos elevam e nos dão dignidade e confiança”.
As Irmãs Mínimas podem amar com o Coração de Jesus, “com gestos ricos em ternura”, com um “amor simples e concreto” a partir da própria comunidade religiosa.
“Do Sagrado Coração”, completa o nome da Congregação e isto “não é apenas um complemento, mas diz muito mais: fala de pertencer”.
Pertencer a uma vida consagrada, atraída ao Coração do Senhor, que se manifesta de uma forma particular na “oração”:
“Toda a nossa vida é chamada, com a graça do Espírito, a se tornar oração. É por isso que devemos permitir que o Senhor permaneça sempre unido a nós. E, assim, Ele nos transforma, dia após dia, tornando os nossos corações cada vez mais semelhantes ao seu.”
Gestos que aumentam a união com Deus
Há momentos no dia que estimulam essa união com Deus –recordou o Papa– como a missa, a meditação da Palavra, rezar o terço ou fazer uma leitura espiritual.
Que estas ocasiões sejam de uma alegria atrativa e contagiosa, mesmo que às vezes “pareça que há mil outras coisas mais necessárias a fazer, ou quando sentimos o cansaço de estar com Jesus”, mas, de qualquer modo, devemos permitir “que o Senhor fique unido a nós!”.
Sejam semeadoras da semente do Amor de Deus que faz novas todas as coisas
Conduzidas pelo Sagrado Coração, finalizou o Papa, “vocês serão mães para os irmãos e irmãs que encontrarem ‘do berço até ao túmulo’, como disse Margarida. O carisma de vocês também tem uma dimensão “restauradora”, um grande serviço para o bem do mundo. Com a oração e os pequenos gestos de vocês, procurem “semear no campo do mundo a semente do amor de Deus que faz novas todas as coisas”. (JSG)
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