São Pantaleão de Nicomédia: padroeiro dos médicos
No dia 27 de julho, a Igreja celebra a memória de São Pantaleão, mártir. Ele exerceu a medicina em Nicomédia, atual Turquia, sem receber recompensa alguma por seu trabalho.
Redação (27/07/2024 10:03, Gaudium Press) São Pantaleão era filho de um pagão abastado que vivia em Nicomédia. Sua mãe, que era cristã, faleceu precocemente. Seu pai o obrigou a estudar medicina.
Pantaleão costumava passar próximo à casa do sacerdote Hermolau no caminho para a casa de seu mestre. Devido à presença constante do jovem, Hermolau o analisou e ficou encantado com a serenidade de seu olhar e a dignidade de seu porte.
Pelos traços do rapaz, Hermolau julgou-o um vaso de eleição. Em um determinado dia, Hermolau finalmente o chamou, querendo saber mais sobre sua origem. O jovem respondeu que era pagão, mas revelou que sua mãe desejava que ele se tornasse cristão, algo que o atraía muito. No entanto, seu pai desejava que ele seguisse a religião oficial, pois ambicionava ver seu filho construir uma carreira no palácio.
Hermolau então perguntou qual ciência pantaleão estava estudando.
Pantaleão, que se exprimia poeticamente, em vez de dizer medicina, respondeu:
“A ciência de Esculápio, Hipócrates e Galeno, e meu mestre garante que se eu a dominar bem, poderei curar todas as doenças”.
O sacerdote, aproveitando a oportunidade para mostrar-lhe a ilusão de tal ideia, indicou-lhe o único e verdadeiro médico, Jesus Cristo: É Ele que, ainda hoje, torna seus seguidores invencíveis, os consola na perseguição e lhes alegra o coração em meio a tantas dificuldades. Ele não só atende nossas preces, mas conhece nossos desejos, e concede aos que ama o poder de realizar milagres e lhes dá uma vida eterna.
Pantaleão convenceu-se e começou a se instruir na fé. Um dia, ao retornar de sua aula de medicina, deparou-se com uma criança morta ao lado de uma víbora. O réptil, lá estava, como para evidenciar a sua culpa. Após um breve instante de medo, o jovem considerou que era uma excelente oportunidade para comprovar o que lhe dissera Hermolau. Em nome de Cristo, ordenou que a criança se levantasse e que a víbora sofresse a morte que lhe havia provocado. No mesmo instante, aconteceu como pedira.
Plenamente convencido, São Pantaleão converteu seu pai.
As impressionantes curas realizadas em nome de Jesus Cristo provocaram a inveja de outros médicos, que o denunciaram como cristão diante do Imperador Galério, que ordenou sua prisão. Ele foi submetido a terríveis torturas.
Ele foi inicialmente condenado ao fogo, porém as chamas foram apagadas. Em seguida, foi imerso em chumbo derretido, mas surpreendentemente o metal resfriou ao redor dele. Posteriormente, foi lançado ao mar com uma pedra amarrada ao pescoço e para espanto de todos, a pedra começou a flutuar. Diante das feras ferozes, que supostamente o dilacerariam, estas permaneceram pacíficas a seus pés, recusando-se a atacá-lo. Até mesmo quando amarrado a uma roda, as amarras se soltavam inexplicavelmente…
Diante da impossibilidade de fazer São Pantaleão renunciar à sua Fé em Jesus, ele foi amarrado a uma árvore ressequida e, finalmente, sua vida foi encerrada com a decapitação de sua cabeça.
Há relíquias do sangue derramado por São Pantaleão durante seu martírio, que estão localizadas em Madrid, Constantinopla e Ravello, próximo de Nápoles. A liquefação do sangue de São Pantaleão é semelhante àquilo que acontece com o sangue de São Januário em Nápoles.
Que Nossa Senhora nos dê a fé de São Pantaleão!
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