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São Justino, mártir

São Justino, um dos santos que a Igreja comemora hoje, dia 1 de junho, foi o primeiro apologista leigo cristão.

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Redação (01/06/2024 12:22, Gaudium Press) Em Siquém, três anjos ou personagens, nos quais os Padres da Igreja reconheceram as três Pessoas Divinas, apareceram a Abraão sob o carvalho de Mambré, e lhe anunciaram um filho em que seriam abençoados todas as nações da terra. Abraão construiu aí o primeiro altar. Séculos mais tarde, o rei Jeroboão, depois de ser aclamado rei, murou a cidade de Siquém, escolhendo-a para sua residência. Foi também neste local, na Samaria, que nasceu Justino, por volta do ano 100 da era cristã.

São Justino recebeu uma refinada educação. Seus pais pagãos gregos possuíam grandes riquezas, o que lhe permitiu se dedicar inteiramente aos seus estudos. Ele se tornou um filósofo respeitado, buscando encontrar a verdade por meio de seu conhecimento e fazendo dela a pedra angular de sua vida.

Ele estudou a doutrina estoica, contudo acabou desanimando diante do silêncio deles em relação a Deus. Posteriormente, ele conheceu um mestre da escola peripatética, mas ficou escandalizado com sua fixação pelo vil metal chamado dinheiro. Chegou então a vez dos pitagóricos, que propuseram uma propedêutica de música, geometria e astronomia que não lhe despertou interesse. Até que um dia algo surpreendente aconteceu.

De maneira providencial, ele foi abordado por um ancião desconhecido que discerniu na alma de nosso santo seu dilema e suas perplexidades diante da existência humana. Esse personagem o aconselhou a ler os escritos dos Profetas que anunciavam a Verdade: Nosso Senhor Jesus Cristo.

Seguindo o conselho desse personagem misterioso, São Justino encontrou nas Sagradas Escrituras a Verdade que buscava e se converteu ao cristianismo aos trinta anos.

“Mesmo na época em que estava satisfeito com os ensinamentos de Platão, quando vi cristãos enfrentando a morte e a tortura com coragem indomável, entendi que era impossível para eles terem levado a vida criminosa da qual eram acusados”, afirmou ele após sua conversão.

Ele foi a Roma e estabeleceu uma escola onde ensinava gratuitamente a nova doutrina cheia de sabedoria. Viajou por vários países discutindo com pagãos, hereges e judeus.

Ele demonstrou abertamente a má fé e a ignorância de Crescêncio, um hipócrita e cínico filósofo. Não há ressentimento pior do que o de alguém orgulhoso derrotado em sua própria arrogância intelectual. Aparentemente, foi por influência de Crescêncio que São Justino foi denunciado às autoridades romanas e feito prisioneiro em sua segunda visita a Roma.

O prefeito de Roma, Rústico, tentou dissuadi-lo de sua posição cristã antes de seu martírio. Quando o Santo proclamou corajosamente sua fé em Jesus Cristo e recusou-se a prestar reverência aos ídolos, sua condenação já estava selada.

Ele foi decapitado juntamente com outros seis cristãos. A data exata de seu martírio é incerta, mas ocorreu por volta do ano 165.

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