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São João Gabriel Perboyre: mártir na China

A Igreja lembra, no dia 11 de setembro, a memória de São João Gabriel Perboyre, sacerdote francês, cujo zelo pelas almas levou-o ao outro lado do mundo para difundir a fé em Cristo.

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Redação (11/09/2024 09:00, Gaudium Press) São João Gabriel Perboyre (1802-1840) – cuja festa celebramos hoje – e São Francisco Regis Clet (1748-1820), sacerdotes missionários franceses, deram a vida durante a perseguição da dinastia Qing na China e foram canonizados no ano 2000, junto com 33 missionários e 87, leigos por São João Paulo II.

Missionários e Mártires

Pe. Clet foi destinado à China durante a revolução na França e pôde servir naquele país por trinta anos até seu martírio. Pe. Perboyre seguiu os passos de um irmão de sangue que, sendo sacerdote, faleceu a caminho da China, e chegou ao país em 1835, onde pôde servir por apenas cinco anos. A insurreição de uma seita provocou uma forte reação das autoridades que acusaram igualmente os cristãos, vítimas de ambos os lados.

“Eles destroem tudo em seu caminho, queimam casas e levam tudo o que podem carregar e depois matam todos os que não conseguem escapar a tempo”, descreveu São Francisco Regis Clet em uma carta.

A perseguição anticristã se intensificou após a acusação de que a presença de cristãos havia causado uma violenta tormenta em Pequim. O Pe. Clet teve que se esconder em cavernas e lugares remotos, até encontrar refúgio com uma família católica. No entanto, a localização do sacerdote foi dada por um apóstata e o santo foi condenado à morte por asfixia lenta. Sua sentença foi cumprida em 17 de fevereiro de 1820 e o mártir suportou calmamente sua execução.

Morrer por Cristo, morrer como Cristo

San Juan Gabriel 2 250x391 1São João Gabriel Perboyre, por sua vez, sofreu “intensa angústia de alma” durante a perseguição, segundo o estudioso Dr. Clark; encontrando consolo no perdão oferecido por Cristo ao Apóstolo São Tomé.

São João Gabriel Perboyre sofreu outra onda de ódio anticristão em 1839 que o obrigou a realizar seu ministério clandestinamente com a ajuda dos fiéis. Após celebrar uma Eucaristia, em setembro de 1839, foi alertado sobre a proximidade das autoridades, mas não fugiu para poder consumir a Sagrada Eucaristia e proteger os vasos sagrados e, assim, evitar a profanação. Ele conseguiu sair no último momento, mas depois foi encontrado e submetido a torturas cruéis.

Entre as penalidades impostas registram-se a de ter que se ajoelhar em correntes e ser pendurado pelos polegares. Durante seu cativeiro, ele perdeu parte de um pé e uma mão porque suas correntes foram apertadas ao extremo. Seu martírio aconteceu numa sexta-feira, às três da tarde, quando o sacerdote foi amarrado a uma cruz e estrangulado. O santo havia expressado sua disposição de aceitar o martírio e o sofrimento: “Assim como Deus quis morrer por nós, nunca devemos temer morrer por Ele”.

Os fiéis chineses ainda conservam viva a memória desses primeiros mártires, e os atuais seminaristas de Huayuanshan estão encarregados de cuidar das lápides que foram encontradas nos túmulos dos santos e que tiveram que ser escondidas durante a perseguição da chamada Revolução Cultural pelas autoridades comunistas em meados do século XX.

Com informações Catholic World Report

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