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Sacerdotes usam megafone para rezar com vítimas da covid-19 em hospital

Proibidos de entrar em hospital e levar o conforto da Palavra de Deus a pacientes de Covid-19, padres usam o som de um megafone para rezar com eles.

Proibidos de entrar em hospital e levar o conforto da Palavra de Deus a pacientes de Covid-19, padres usam o som de um megafone para rezar com eles.

Redação (04-02-2021, 11:45, Gaudium Press) O fato aconteceu em Gênova, na Itália e a cena pouco comum ocorreu diante do enorme Hospital Villa Scassi:
Por estarem proibidos de entrar no hospital e circular pelas suas dependências por causa das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, os padres Alvise Leidi e Gregorio Cimena Cibaka, da Paróquia de Santa Maria della Cella, em Sampierdarena, usaram de um modo inédito para chegar até os pacientes e funcionários e, com isso, além de mostrar a eles sua proximidade, levar a todos o conforto da Palavras de Deus: eles usaram o potente som de um megafone!

Tenho que encontrar uma forma de fazer sentir que, mesmo quando nos sentimos mais abandonados, o Senhor está perto de todos nós…

A resposta ao imaginoso meio de evangelizar, rezar, levar ânimo e esperança foi rápida: das janelas, os olhares dos internos demostravam que eles piedosamente acompanhavam agradecidos as orações feitas com abnegação pelos sacerdotes.

Somente nessa última semana foi que algumas regiões da Itália passaram para a denominada “faixa – ou bandeira – amarela”, que permite maior flexibilização nas medidas restritivas adotadas ainda em outubro para conter os contágios da Covid-19.

Diante da atual situação, quando nesses dias os novos contágios chegam ao número dos 11-12 mil e o número de mortes ainda chega a 400 e 500 a cada dia, um dos sacerdotes pensou de si para si:
“Tenho que encontrar uma forma de fazer sentir que, mesmo quando nos sentimos mais abandonados, o Senhor está perto de todos nós. Quem sabe por meio de dois pobres padres isso pode acontecer…

Não podíamos estar fisicamente ao lado dos leitos, tínhamos então que ao menos fazer ouvir as nossas vozes”.

Sacerdotes assumem nova missão e vão a hospital e inovam para rezar com os enfermos

Assim, nasceu a decisão dos sacerdotes de assumir esta nova missão e, desde então, diariamente, às 12 horas, os dois sacerdotes chegam ao hospital genovês. Suas vozes alcançam todos os pavilhões e para isso eles utilizam os alto-falantes usados nas procissões que atualmente, devido à Covid-19, estão proibidas de serem realizadas.

Os sacerdotes chegam ao Hospital e, numa primeira etapa, se postam no cruzamento entre os pavilhões centrais do complexo hospitalar, de onde suas orações podem chegar bem longe.

Em seguida, os padres Alvise Leidi e Gregório se dirigem para o segundo e mais delicada das paradas de sua caminhada que fica diante das enfermarias destinadas aos pacientes portadores da Covid-19.
E a oração se inicia:
“Invoquemos o Espírito Santo consolador, rezemos uma dezena do Rosário e depois repitamos a oração escrita pelo Papa Francisco para esta pandemia”.

Somos uma voz sem rosto, mas muitos doentes que rezam conosco se sentem menos sozinhos

Isto é o que de melhor podemos realizar, dentro das atuais circunstâncias, diz o padre Gregorio Cibeka, congolês de Kinshasa, 51 anos, capelão do hospital. Ele explica ainda que “se os familiares solicitarem à direção, estamos autorizados a dar a Unção dos Enfermos”.

Os dois padres não sabem quantos nem quem são aqueles alcançados pela oração, mas “estamos aqui para que ninguém se sinta sozinho, para recordar que Deus está próximo de cada um de nós”, afirma.

“Somos voz sem rosto, mas muitos doentes que rezam conosco se sentem menos sozinhos”, dizem os sacerdotes, não obstante a proximidade diária com a dor e o sofrimento. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News e The World News)

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