O número de sacerdotes e religiosas presos, sequestrados ou mortos em 2022
A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre, revelou em um comunicado do último dia 27 de dezembro, o número de sacerdotes e religiosas sequestrados, presos e assassinados em 2022.
Redação (29/12/2022 15:50, Gaudium Press) A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre revelou que em inúmeros países a situação de sacerdotes, religiosos e religiosas foi difícil durante o ano.
Muitas dioceses viram seus sacerdotes serem sequestrados, aprisionados ou mesmo mortos. Pelo menos 12 sacerdotes e 5 religiosas foram assassinados em 2022. A Nigéria é um dos países que conta com o maior número de vítimas.
Os casos de assassinato
Ao menos quatro sacerdotes foram mortos na Nigéria. Outros dois foram mortos na região leste da República Democrática do Congo. Duas religiosas também perderam a vida no continente africano este ano: uma em Moçambique e outra na República Democrática do Congo.
O México conta com três sacerdotes mortos pelos traficantes de drogas. A religiosa Luisa Dell’Orto também foi uma das vítimas fatais, ela morreu no Haiti.
Os sequestros
Em diferentes países, 42 sacerdotes foram sequestrados e 36 foram liberados. Três sacerdotes sequestrados na Nigéria foram assassinados, mas a Ajuda à Igreja que Sofre não dispõe de mais informações sobre dois deles.
Além disso, não há notícias do missionário alemão, o padre Hans-Joachim Lohre, sequestrado em novembro passado, no Mali, nem dos sacerdotes Joel Yougbaré, do Burquina Faso, e do padre John Shekwolo, nigeriano.
A Nigéria registrou o maior número de sequestro. Ao todo foram 28, em 2022. Outro país africano, o Camarões, registrou o sequestro de 6 religiosos.
Sete religiosas também foram sequestradas em 2022. A maioria foi sequestrada na Nigéria, uma religiosa na Burquina Fasso e outra em Camarões. Todas elas foram liberadas algum tempo após o rapto.
Os casos de detenção
Os casos de detenção foram 32, durante 2022. A Nicarágua preocupa especialmente a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
No país centro-americano, ao menos 11 membros do clero foram detidos pelo governo: dois seminaristas, um diácono, sete sacerdotes e um Bispo estão na lista dos detidos.
A Eritreia confirmou a prisão de um Bispo e dois sacerdotes. As autoridades do governo não deram nenhuma explicação sobre o motivo da detenção dos três clérigos.
O caso mais recente de detenção aconteceu na Ucrânia. Quatro sacerdotes da igreja greco-católica ucraniana foram detidos pelos ocupantes russos. Os sacerdotes foram detidos por causa de suas atividades pastorais, dois foram liberados e expulsos para o território “ucraniano” e outros dois podem ser acusados de terrorismo.
Outro sacerdote foi detido em Mianmar por protestar contra o governo. Algumas religiosas e dois diáconos foram aprisionados na Etiópia no final de 2021 e liberados em 2022.
Geralmente os casos de detenção dos sacerdotes ou religiosos acontecem como meio de intimidação e de coerção por parte das autoridades do governo.
Quanto à China, a Fundação Pontifícia reconhece a impossibilidade de divulgar os números exatos dos clérigos detidos.
Sabe-se que muitos são detidos e forçados a aderirem à igreja do Estado, como é o caso do desaparecimento de 10 sacerdotes pertencentes à comunidade clandestina de Baoding (Hebei), desaparecidos entre janeiro e maio de 2022. (FM)
Com informações de Vatican News.
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