Sacerdote explica que a liberdade religiosa não é respeitada em Cuba
Sacerdote cubano relata que membros da Igreja que denunciam injustiças no país são ameaçados pelo governo. Ele também descreve a questão da liberdade religiosa na ilha
Redação (25/07/2023 14:30, Gaudium Press) O sacerdote Alberto Reyes, da diocese de Camaguey em Cuba, recentemente explicou que os membros da Igreja que denunciam as injustiças cometidas no país são ameaçados pelo governo cubano.
As declarações do sacerdote foram motivadas pelo relatório da Ajuda à Igreja que Sofre, publicado em junho passado, sobre a liberdade religiosa ao redor do mundo e foram feitas em entrevista à ACI.
Padre Alberto Reyes explicou que em Cuba a liberdade de culto é respeitada, mas não existe plena liberdade religiosa. O relatório da Ajuda à Igreja que Sofre destaca que o controle do Estado e do partido comunista sobre a religião, e sobre outros aspectos da vida pública, restringe a liberdade religiosa.
O sacerdote explicou que o governo cubano busca ter controle total sobre a religião, ditando o que é permitido e o que não é, de acordo com seus próprios interesses. Segundo o padre Alberto, esse é o principal motivo do declínio da liberdade religiosa na ilha.
Como exemplo, ele explicou que as celebrações eucarísticas são autorizadas, mas a Igreja Católica tem acesso restrito às mídias e suas contribuições para a educação e saúde são inexistentes.
Além disso, as procissões ou quaisquer outras atividades de devoção em locais públicos devem ser submetidas à autorização do governo e estão sujeitas a condições impostas pelas autoridades. Assim, mesmo se as procissões são autorizadas, o itinerário é determinado pelo governo.
O sacerdote também abordou as dificuldades e o vagaroso processo em construir uma nova igreja, além dos obstáculos que o governo coloca na reconstrução e restauração de igrejas danificadas. (FM)
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