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“Sacerdócio não é carreira, é serviço”, diz Papa a novos sacerdotes

Sacerdócio não é uma carreira, é um serviço. Sejam pastores como Nosso Senhor: pastores do Santo povo fiel de Deus, mas, antes de tudo perto de Deus, com a oração. “Um sacerdote que não reza lentamente apaga o fogo do Espírito em seu interior”.

Sacerdócio não é uma carreira, é um serviço. Sejam pastores como Nosso Senhor: pastores do Santo povo fiel de Deus,  mas, antes de tudo perto de Deus, com a oração. “Um sacerdote que não reza lentamente apaga o fogo do Espírito em seu interior”.

Cidade do Vaticano (26/04/2021, 10:45, Gaudium Press) Neste Domingo do Bom Pastor, 25/04, quando a Igreja celebra o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco presidiu a Missa na Basílica de São Pedro e conferiu o sacramento da ordem a nove diáconos.
Em suas palavras aos recém ordenados, Francisco recordou-lhes que o sacerdócio “não é uma carreira, mas um serviço” e aconselhou-os a viver o modo de Deus de proximidade, compaixão e ternura.

A cerimônia de ordenação foi realizada no Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, na presença de várias centenas de fiéis, quando todos os presentes, inclusive os ordenandos, usavam máscaras de proteção. Concelebraram com o Papa Francisco, além do cardeal Angelo De Donatis, vigário geral do Papa para a Diocese de Roma, também Dom Gianpiero Palmieri, vice-regente de Roma, alguns cardeais, bispos auxiliares, superiores dos seminários onde os novos sacerdotes foram formados e os seus párocos.

Falando espontaneamente durante a homilia, Francisco convidou os novos sacerdotes a também serem pastores, como Nosso Senhor: “é isso o que ele quer que sejais: pastores. Pastores do Santo povo fiel de Deus. Pastores que vão com o povo de Deus: às vezes na frente, no meio, atrás do rebanho, mas sempre ali, com o povo de Deus”, repetiu.

Proximidade, compaixão, ternura: três atitudes que distinguem o estilo de Deus

Proximidade, compaixão, ternura: para o Pontífice estas são as três palavras que distinguem o estilo de Deus e que ele explicou com detalhes para seus ouvintes.

E, para que os sacerdotes procurassem imitar esse estilo, Francisco deteve-se em particular na explicação das proximidades com Deus, na oração, nos Sacramentos, na Missa.

“Falar com o Senhor, estar próximo do Senhor” é a preocupação que Francisco afirma ter ao recordar que o Senhor se fez próximo de nós em seu Filho e que o Senhor esteve próximo também no caminho de discernimento vocacional dos ordenandos, “mesmo nos maus momentos do pecado”.

“Estejam próximos do santo povo fiel de Deus, mas antes de tudo perto de Deus, com a oração”. E diz: “Um sacerdote que não reza lentamente apaga o fogo do Espírito em seu interior”.

Sejam colaboradores do Bispo, nele tereis a unidade

A principal razão pela qual é importante permanecer firme com o seu Bispo, afirma o Pontífice, é que, “No bispo tereis a unidade”.

“Vós sois colaboradores do bispo”, diz o Papa, ao sublinhar que paternidade espiritual do Bispo a quem se deve confiar com humildade.

Não cair na tentação da maledicência

Durante sua homilia o Pontífice fez também uma outra exortação: nunca falar pelas costas de um irmão sacerdote.

Francisco aconselha: “Se vocês tiverem alguma coisa contra o outro, sejam homens (…), vão lá e digam na frente” e voltou a destacar a que nunca se falasse pelas costas:
“Não sejam maledicentes”! Caminhem na unidade: no Conselho Episcopal, nas comissões, no trabalho.

Vós sois Sacerdotes de povo, não clérigos de Estado

Dirigindo-se ainda aos novos sacerdotes, Francisco lhes disse: “Nenhum de vocês estudou para se tornar sacerdote. Vocês estudaram ciências eclesiásticas”. “Vocês foram eleitos, tirados do povo de Deus”.

Recordando as palavras de Deus a Davi, o Papa disse aos ordenados: “Eu te tirei de trás do rebanho”. E, então, os convida a não se esquecerem de onde vieram: “de sua família, de seu povo” e cita o apóstolo São Paulo que disse a Timóteo para se lembrar de sua mãe, sua avó, das próprias origens:
‘Lembrai-vos daqueles que vos introduziram na fé’.

E o Papa também faz com clareza um convite, uma admoestação: “Sejam sacerdotes de povo, não clérigos de Estado!”.
Sejam “Sacerdotes, não empresários”: Se tiverem o estilo de Deus, tudo irá bem”

Ouçam, consolem, distribuam o perdão de Deus que nunca se cansa de perdoar

O Papa exorta os sacerdotes a “perderem tempo ouvindo e consolando”, e a serem dispensadores do perdão de Deus, que nunca se cansa de perdoar.
Recomenda-lhes usar a “terna compaixão, de família, de pai, que faz sentir que tu estás na casa de Deus”.

Francisco recomenda, por fim, que os sacerdotes não sejam “galgadores”, perseguindo o orgulho do dinheiro.
Sejam “Sacerdotes, não empresários”, repete o Pontífice, convidando-os a não terem medo:
“Se tiverem o estilo de Deus, tudo irá bem”. (JSG)

(Com informações e foto VaticanMedia)

 

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