Resposta das religiosas de Belorado: a delegação invadiu o mosteiro de forma não autorizada
Continua a polêmica com as religiosas do mosteiro de Santa Clara de Belorado, que deixaram a sua versão dos acontecimentos da última quinta-feira em sua conta do Instagram.
Redação (08/06/2024 11:35, Gaudium Press) Após proibirem formalmente a entrada da delegação do comissário pontifício em seu mosteiro e acionarem a Guarda Municipal – o que gerou grande repercussão –, as religiosas do mosteiro de Santa Clara de Belorado deixaram a sua versão do ocorrido em sua conta do Instagram.
Elas acusam a delegação enviada pelo Comissário Pontifício de “invadir o mosteiro de forma não autorizada” e “exigir” oralmente as chaves e a documentação do mosteiro “sem qualquer documento que o fundamentasse”.
Ademais, acusaram o arcebispo de Burgos, Dom Mario Iceta, de “usurpar sua representação legal ao acessar a administração dos imóveis e o controle das contas bancárias”, às quais elas deixaram de ter acesso em 4 de junho.
No Instagram, as religiosas de Belorado destacaram que a delegação compareceu ao mosteiro “para exigir a entrega das chaves e documentação do mosteiro, inclusive as folhas de pagamento”, bem como para convocá-las a depor perante o Tribunal Eclesiástico do Arcebispado de Burgos, para se defenderem “de um crime de cisma, com ameaça de excomunhão se não comparecerem”.
“Aproveitando-se de uma visita autorizada recebida no parlatório, o secretário de Dom Mario Iceta, a secretária da Federação das Clarissas e o representante de Dom Mário invadiram o local de forma não autorizada”, continuam as religiosas no Instagram.
Elas assinalaram ainda que, durante esta visita, eles ofereceram ajuda econômica “uma vez que usurparam a titularidade das contas correntes, deixando-nos sem acesso aos recursos obtidos com o nosso trabalho, e doados pelos nossos benfeitores”.
“Antes de entrarem no salão, já tinham ultrapassado a proibição de entrar em propriedade privada que aparece à entrada do mosteiro”, declararam as clarissas. Dessa forma, diante tais acontecimentos, “‘visitantes’ inesperados foram ordenados a abandonar as instalações” e que, no caso do representante do comissário pontifício, “a presença da Guarda Civil foi necessária para o conseguir”.
“É realmente difícil qualificar todos estes fatos como sinais de paciência e diálogo”, concluem as religiosas.
Elas fixaram no Instagram uma imagem do decreto do Tribunal Eclesiástico do Arcebispado de Burgos, onde são convocadas a comparecer perante este tribunal, no prazo de dez dias.
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