República Tcheca: obrigação de comparecer à missa dominical foi temporariamente suspensa devido à falta de sacerdotes

Para aqueles que enfrentam sérias dificuldades em participar da missa dominical por causa da escassez de sacerdotes, o arcebispo de Olomouc divulgou orientações sobre a participação na missa dominical, suspendendo temporariamente a obrigatoriedade de assistir presencialmente à missa dominical. 

Foto: Wikipedia

Redação (08/07/2025 09:44, Gaudium Press) Na Arquidiocese de Olomouc, República Tcheca, onde o Arcebispo Josef Nuzík atua desde fevereiro de 2024, há um problema que assola muitas dioceses europeias: a falta de sacerdotes. A situação chegou a tal ponto que o arcebispo emitiu uma orientação excepcional, com validade de 1º de julho até o final de 2025, que permite aos fiéis, em determinadas circunstâncias, substituir a participação na missa dominical por outra forma de experiência espiritual.

Em um comunicado ele escreveu:

“Devido à falta de sacerdotes, peço que, caso não haja missa na sua paróquia no domingo, celebre a missa dominical na paróquia vizinha ou participe da celebração da palavra conduzida pelo diácono. Também é possível assistir à missa vespertina de sábado.

Caso isso não seja possível por motivos graves (por exemplo, impossibilidade de transporte), autorizo que substituam a participação na missa dominical por uma oração pessoal ou em família (meia hora) ou pela audição da missa pelo rádio ou televisão ou, eventualmente, por transmissão online.

Esta permissão é válida por um período transitório de 1 de julho a 31 de dezembro de 2025”.

Esta medida temporária não significa uma flexibilização da obrigação dominical, mas responde à situação real da pastoral. Em algumas paróquias, hoje em dia é impossível celebrar a missa todos os domingos, uma vez que o número de sacerdotes ativos diminui e não há novos sacerdotes suficientes para os substituir.

De acordo com dados de 2022, há cerca de 1.650 sacerdotes no país para mais de 2.260 paróquias, o que significa que várias paróquias não têm seu próprio pároco. Os padres muitas vezes administram várias comunidades ao mesmo tempo, o que aumenta sua carga de trabalho e diminui a possibilidade de se dedicarem profundamente à pastoral.