Relatório aponta aumento de ataques contra a Igreja Católica, na Nicarágua
Um relatório mostra que o número de ataques contra a Igreja Católica na Nicarágua aumentou muito após à subida de Daniel Ortega e Rosario Murillo ao governo
Redação (13/06/2022 17:30, Gaudium Press) Um relatório recentemente publicado mostra o número de ataques e profanações contra as igrejas na Nicarágua.
O relatório “Nicarágua: uma Igreja perseguida? (2018-2022)”, da advogada Martha Patrícia Molina Montenegro, abrange o período de 4 anos, entre os anos de 2018 e 2022.
O documento mostra que o governo de Daniel Ortega e de sua esposa Rosario Murillo que estão no poder desde 2007 “iniciou uma perseguição discriminatória contra bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos, grupos de leigos e contra tudo o que direta ou indiretamente se relaciona com a Igreja Católica”.
O relatório aborda ainda as manifestações de abril de 2018 contra o governo. Manifestações que foram violentamente reprimidas fazendo pelo menos 355 vítimas fatais.
O documento assinala que antes de 2018, os ataques contra a Igreja eram esporádicos. Porém após 2018, eles não fazem senão aumentar.
Em 2018, foram compilados 46 ataques contra a Igreja Católica, incluindo a invasão da catedral de Manágua, diferentes profanações e ameaças de morte contra sacerdotes.
Em 2019, além de 48 ataques, o Bispo auxiliar da capital Manágua, Dom Silvio José Báez Ortega, foi ameaçado e se exilou fora do país.
Outros 40 ataques ocorreram em 2020, incluindo um ataque a bomba incendiária à Catedral de Manágua.
Roubos, profanações e outros ataques aconteceram 35 vezes em 2021, além dos insultos do presidente contra membros do clero. Em 2022, já são 21 casos registrados de ataques contra a Igreja.
O documento explica que não se pode afirmar que todos os ataques tenham sido planejados e executados pelos partidários de Ortega, mas que o aumento de ataques causa estranheza e sugere a relação. (FM)
Com informações de CNA
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