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Reino Unido: mulher é presa por rezar mentalmente perto de uma clínica de aborto

Uma voluntária de caridade foi presa depois de dizer à polícia que “poderia” estar rezando silenciosamente, quando questionada sobre o motivo de estar em uma rua pública perto de uma clínica de aborto.

pro vida

Redação (20/12/2022 16:59, Gaudium Press) Isabel Vaughan-Spruce, diretora da Organização Marcha pela Vida no Reino Unido e voluntária no apoio a mulheres em crises de gravidez, foi abordada pela polícia perto de uma clínica de aborto em Birmingham. A polícia havia recebido uma denúncia de que ela estava rezando mentalmente. A nova lei aprovada no Reino Unido “criminaliza os indivíduos considerados “envolvidos em qualquer ato de aprovação ou desaprovação ou tentativa de aprovação ou desaprovação” em relação ao aborto, inclusive por “meios verbais ou escritos, oração ou aconselhamento…”.

No entanto, Vaughan-Spruce não carregava nenhuma placa e estava completamente em silêncio até ser abordada pelos oficiais que lhe mostraram algumas fotos suas do lado de fora da clínica de aborto, questionando se ela estava orando.

“É completamente errado que eu tenha sido revistada, presa, interrogada pela polícia e acusada simplesmente por rezar mentalmente. Eu estava exercendo minha liberdade de pensamento, minha liberdade de religião, dentro da privacidade de minha própria mente. Ninguém deve ser criminalizado por pensar e rezar em um espaço público, no Reino Unido”, disse Isabel Vaughan-Spruce, após sua prisão por oração silenciosa.

“Minha fé é uma parte central de quem eu sou, então às vezes eu fico de pé ou caminho perto de uma clínica de aborto e oro sobre esse assunto. Isso é algo que tenho feito praticamente todas as semanas, nos últimos 20 anos da minha vida. Rezo pelas minhas amigas que fizeram aborto e pelas mulheres que estão pensando em fazê-lo elas mesmas”, ressaltou Isabel Vaughan-Spruce.

Crime de pensamento?

 “A experiência de Isabel é muito preocupante para todos aqueles que acreditam que vale a pena proteger nossos direitos fundamentais duramente conquistados. É realmente surpreendente que a lei tenha concedido às autoridades locais um critério de julgar tão amplo e irresponsável, que agora até pensamentos são considerados “errados” e podem levar a uma prisão humilhante e a uma acusação criminal. Uma democracia madura deve ser capaz de diferenciar entre conduta criminosa e o exercício pacífico de direitos constitucionalmente protegidos”, declarou Jeremiah Igunnubole, consultor jurídico da ADF UK, a organização jurídica que apoia Vaughan-Spruce.

Com informações adf.uk.

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