Regime de Ortega proíbe e confisca a Companhia de Jesus na Nicarágua
Hoje os jesuítas receberam a notícia de que o seu estatuto jurídico tinha sido cancelado e os seus bens confiscados.
Redação (23/08/2023 18:45, Gaudium Press) Ortega não se limitou a ter sequestrado a joia da coroa dos jesuítas em seu país, a Universidade Centro-Americana. Diversos meios de comunicação noticiaram que hoje o binômio Ortega-Murillo cancelou o estatuto jurídico da Associação da Companhia de Jesus na Nicarágua.
Os motivos? Certamente desculpas, mas alegam que os jesuítas não “apresentaram as demonstrações financeiras de 2020, 2021 e 2022”.
No decreto de cancelamento, publicado no documento oficial de La Gaceta, lê-se ainda que “o seu conselho de administração havia caducado desde 27 de março de 2020”. Os jesuítas são mais uma das pelo menos 3.000 associações que desapareceram diante do Estado, devido à voracidade ditatorial do regime desta nação centro-americana.
Junto ao cancelamento do estatuto jurídico veio o confisco de todos os bens da Companhia de Jesus na Nicarágua. A Procuradoria-Geral da República ficará encarregada de transferir em nome do Estado da Nicarágua todos os bens móveis e imóveis da Companhia de Jesus – que desde 1995 tinha a garantia do governo para operar no país – inclusive os bens das escolas de Loyola e América Central, as escolas de Fé e Alegria, entre outros.
Esta é a terceira ação esmagadora contra a Companhia de Jesus em uma semana: primeiro houve o confisco da UCA, depois a invasão da casa dos jesuítas em Manágua no sábado e, agora, o cancelamento jurídico. Tudo feito sem cerimônia e sem medo do descrédito internacional.
O UCA já tem um novo nome, estilo sandinista: chama-se Universidad Nacional Camilo Sotelo Montenegro. Supostamente, o regime prometeu manter todos os programas, mas talvez não contasse com o fato de que muitos estudantes não estão interessados em uma graduação com o perfume Ortega-Murillo e debandaram. Outros, trabalhadores, vão ter de ir embora: os sindicatos sandinistas informaram que a nova Casimiro Sotelo contará com apenas 100 dos funcionários da extinta UCA. (CCM)
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