Quebec: Cardeal Ouellet processa mulher que o acusou
O prefeito do Dicastério para os Bispos pede uma indenização por danos no valor de 100.000 dólares.
Redação (16/12/2022 10:26, Gaudium Press) O Cardeal Ouellet anunciou que processará a mulher que o acusou de agressão sexual em Quebec.
“Depois de preliminarmente ter assegurado que o anonimato do autor fosse protegido por meio da obtenção de uma ordem nesse sentido, estou hoje entrando com uma ação judicial por difamação perante os tribunais de Québec, a fim de provar a falsidade das acusações feitas contra mim e restaurar minha reputação e honra”, declarou o cardeal em um comunicado, em 13 de dezembro.
Esta antiga estagiária da Arquidiocese de Quebec acusou o cardeal de haver feito gestos inapropriados há cerca de 10 anos, em uma reunião de equipe da arquidiocese.
“Nunca fui culpado desses comportamentos condenáveis, muito menos daqueles imputados a outros membros do clero citados na ação coletiva”. O Cardeal se refere a uma ação movida contra a Arquidiocese de Québec, envolvendo mais de 100 vítimas de supostos abusos.
O cardeal Ouellet disse que era “inapropriado” associar seu nome a um caso de abuso sexual de menores, mas que a medida foi “construída intencionalmente e amplamente divulgada para fins impróprios”. O cardeal expressou sua sensibilidade à dor das vítimas.
O cardeal, que ressaltou “não se lembrar de ter conhecido” a mulher, afirmou que “qualquer compensação financeira que possa receber como parte deste processo será doado integralmente em apoio à luta contra o abuso sexual dos povos indígenas do Canadá.”
As autoridades arquidiocesanas de Quebec, onde o cardeal foi ordinário de 2002 a 2010, foram informadas das acusações contra o cardeal. Um líder do Comitê para a Proteção de Menores da arquidiocese sugeriu que a mulher escrevesse uma carta ao Papa.
Um e-mail de 23 de fevereiro de 2021, do Vaticano, afirmou que o Papa havia recebido a carta e havia encarregado ao jesuíta belga Pe. Jacques Servais para conduzir uma investigação preliminar. O jesuíta apresentou os resultados de sua investigação ao Papa, que, após uma consulta mais aprofundada, decidiu que “não há elementos suficientes para abrir uma investigação canônica por agressão sexual pelo Cardeal Ouellet contra a pessoa F.”
Com informações CNS
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