Putin quer condenar a Ucrânia à morte por frio
A possibilidade de um apagão total ficou mais próxima na última quarta-feira com o lançamento de 70 mísseis de cruzeiro russos. Nova violação do direito internacional humanitário? Tudo indica que sim.
Redação (29/11/2022 09:33, Gaudium Press) Após ataques massivos da Rússia, feitos ao estilo acupuntura, a Ucrânia está ameaçada com um apagão total: atualmente há cidades inteiras no escuro e sem aquecimento, o que resulta em tragédia, pois a neve cai em grande parte do país.
A possibilidade foi agravada na última quarta-feira com o lançamento de 70 mísseis de cruzeiro russos. Nova violação premeditada do direito internacional humanitário? Tudo indica que sim.
“A população, explica o bispo auxiliar da diocese de Kyiv-Zhytomyr, Dom Oleksandr Yazlovetskiy, foi avisada de que poderia ficar sem eletricidade por 24 horas. A princípio, recebi muitas mensagens e fotos documentando as explosões. Depois o silêncio.”
A internet está desligada e as pessoas assustadas procuram um lugar para se esconder. “As sirenes estão soando em todo o país, porque os bombardeios afetaram todo o país.” E “está tudo parado: o metrô, os ônibus, os meios de transporte. Quem acredita em Deus reza”, continua Dom Yazlovetskiy.
“Estamos abaixo de zero. Até agora, contou o prelado, a eletricidade era racionada, interrompida 4 ou 5 horas por dia em algumas partes das cidades, e isso fazia com que muitas pessoas sentissem frio, mas quando a eletricidade era restabelecida podíamos nos aquecer novamente. Agora passamos frio o dia todo: imagine a situação das famílias com crianças pequenas ou idosos. O Estado e a Igreja tentam lidar com a emergência. “Estamos tentando comprar geradores, mas não encontramos nenhum na Ucrânia, esvaziamos as lojas. Mesmo na Polônia não é fácil encontrá-los: procuramos em todo o lado porque só com geradores se pode ter algum calor, alguma luz. Nas grandes cidades, nosso governo organizou alguns pontos de aquecimento onde as pessoas podem encontrar um pouco de luz, uma conexão à Internet e, sobretudo, um pouco de calor”.
A Igreja, em particular as Cáritas, tornou-se um ponto de referência. “Cada paróquia, diz Dom Yazlovetskiy, tornou-se uma pequena Cáritas”. Alimentos, cobertores são distribuídos, vouchers resgatáveis são entregues nas lojas.
Mas é necessária ajuda e oração:
“Vamos rezar juntos pela Ucrânia. A oração não deve faltar, não cedamos à preguiça: rezemos o Terço ou rezemos com as nossas próprias palavras. Ajudem-nos com a oração e, se puder, comprando um gerador para o nosso povo ou talvez hospedando algumas famílias na Itália. Vamos nos lembrar do bem que recebemos”.
Com informações Vatican News.
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