PUC-SP acolhe exposição sobre os Manuscritos do Mar Morto

A mostra, que celebra os 75 anos desta descoberta, é composta por fotografias de alguns mapas, sítios arqueológicos, manuscritos, livros, textos explicativos, documentários e reprodução de fragmentos.

Foto: Divulgação/PUC-SP.

São Paulo (11/09/2023 10:09, Gaudium Press) Em comemoração pelos 75 anos da descoberta dos manuscritos dos Mar Morto a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) está acolhendo, durante este mês de setembro, uma exposição com fotografias de alguns mapas, sítios arqueológicos, manuscritos, livros, textos explicativos, documentários e reprodução de fragmentos.

No ano de 1947, foram descobertas centenas de manuscritos no deserto da Judeia, em cavernas nas falésias próximas ao Mar Morto, sobretudo nos sítios arqueológicos de Hirbet Qumran, Wadi Murabba‘at, Nahal Hever e Massada. A principal descoberta de manuscritos ocorreu nas onze cavernas da localidade conhecida como Qumran. Isto deu início a uma busca envolvendo arqueólogos, historiadores, exegetas, linguistas e religiosos.

Base para as principais edições acadêmicas da Bíblia Hebraica

Os textos, datados de ao menos três séculos antes da era cristã, apresentam grande quantidade de transcrições e citações de textos da Bíblia Hebraica. Comparados com textos mais antigos das Escrituras, os documentos demonstraram fidelidade com os mais antigos manuscritos bíblicos hebraicos datados do período medieval, que servem de base para as principais edições acadêmicas da Bíblia Hebraica.

A descoberta destes manuscritos de Qumran permitiram algo extremamente relevante para quem trabalha com crítica textual, histórica, literária e hermenêutica: a conquista de mais de dez séculos de verificação textual. Este fato teve grande reverberação no universo das religiões e de outras áreas do conhecimento, e por este motivo é celebrado.

Série de Mesas-redondas

Além da exposição, até o final do mês serão realizadas cinco mesas-redondas, todas elas transmitidas no canal de YouTube da TV PUC. Dentre os temas já abordados estão: “Os Manuscritos de Qumran e suas interrogações”; “Verbetes dos Manuscritos Bíblicos de Qumran no Léxico do Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português”; e “Os Manuscritos de Qumran e o Novo Testamento: Observações Preliminares e a Questão do Corpus Johanneum”.

As próximas palestras, marcadas para os dias 13, 20 e 29 de setembro, abordarão os seguintes temas: “Os Manuscritos do Mar Morto: Uma Introdução Atualizada”; “Mamom: Noções sobre riqueza na comunidade de Qumran, entre os primeiros cristãos e os primeiros rabinos”; “Os Manuscritos do Mar Morto aos 75 anos: historiografia, atualidade e perspectivas de futuro”; “As Origens da Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto”; “O Caminho para o Deserto: Origem e Formação da Comunidade de Qumran”; e “Demônios nos Escritos do Mar Morto”. (EPC)