Presidente do episcopado alemão destaca democracia, não Cristo
Dom Georg Bätzing, o bispo de Limburg e presidente do episcopado alemão, reafirma que seu objetivo é estabelecer princípios democráticos no governo da Igreja em seu país.
Redação (01/02/2024 11:45, Gaudium Press) Dom Georg Bätzing, bispo de Limburgo e presidente do episcopado alemão, reafirma sua intenção de introduzir o princípio democrático na administração da Igreja não somente em seu país.
A ideia de “democracia” não é completamente estranha à Igreja, como a eleição de forma “democrática” dos seus superiores e até mesmo do Papa. Ainda assim, é importante ressaltar que a Igreja, em sua essência, é uma monarquia, cuja cabeça é Jesus Cristo, que deixou uma fé e moral que devem ser preservadas e promovidas, e não sujeitas a escolhas democráticas ou variações.
Ademais, Cristo estabeleceu para sua Igreja um governo monárquico, não democrático, à frente do qual está Seu Vigário. A nível local, os bispos exercem um governo de natureza “principesca”, não de forma tirânica, mas com a responsabilidade de pastorear e cuidar do rebanho, conforme designado por Cristo.
Entretanto, o Bispo Bätzing e a maioria de seus companheiros teutônicos estão firmemente empenhados na implementação dos chamados “conselhos sinodais”. Na edição de fevereiro da revista mensal Herder-Korrespondenz, ele explica que há paralelos entre o processo sinodal na Alemanha e suas estruturas de liderança democrática, destacando que isso “não deveria ser considerado negativamente”.
A Infocatólica relata, resumindo o conteúdo da nota do bispo na revista Herder-Korrespondenz, que “o prelado não vê contradição com o ensinamento da Igreja a introdução de métodos comprovados na esfera secular que sirvam à transparência na direção da Igreja e à participação dos fiéis. Já existem muitos elementos estruturais na Igreja que coincidem com os procedimentos e estruturas estabelecidos nos Estados democráticos modernos, baseados no Estado de Direito”.
Dom Bätzing questiona por que a democracia moderna, que pressupõe a valorização da dignidade humana, dos direitos humanos e de princípios como a ordem constitucional, a soberania popular, o Estado de Direito, a separação de poderes, a proteção das minorias e o Estado de bem-estar social, deve suscitar preocupações na Igreja.”
“Para a implementação da sinodalidade, o presidente da Conferência Episcopal Alemã considera essencial fortalecer as conferências episcopais e as organizações eclesiais em nível regional e continental”. O Comitê Sinodal na Alemanha e a conferência eclesial, ainda por se desenvolver, discutida sob o nome de ‘Conselho Sinodal’, seguem uma direção muito semelhante”, afirma Dom Bätzing.
Em poucas palavras, está em questão a validade do modelo mundano liberal-democrático no governo da Igreja, onde prevalece a soberania popular, em vez da soberania de Cristo; algo muito distinto daquilo que Cristo estabeleceu.
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