Presidente de Malta não assinará projeto de lei que legaliza o aborto
O presidente de Malta disse esta semana que prefere renunciar a assinar um projeto de lei que descriminaliza o aborto.
Redação (20/05/2021 10:26, Gaudium Press) Na semana passada, a deputada independente Marlene Farrugia apresentou um projeto de lei no parlamento para descriminalizar o aborto, o primeiro do tipo no país mediterrâneo.
O projeto de lei propõe a remoção dos artigos do código penal de Malta que condena, a até três anos de prisão, qualquer pessoa que procure ou ajude a abortar.
George Vella, médico e presidente do país desde 2019, fez o seguinte comentário ao NETnews em 17 de maio:”Nunca assinarei um projeto de lei que envolva a autorização de assassinato”. E ressaltou: ”Eu não posso impedir o executivo de decidir; isso cabe ao parlamento. Mas eu tenho a liberdade, se eu não concordar com um projeto de lei, de renunciar e deixar o cargo; eu não tenho problema em fazer isso.
Questionado se havia casos em que o aborto deveria ser permitido, o presidente de 79 anos afirmou: “Ou você mata ou não mata, não pode haver meia morte. Eu sou muito claro, não há “se” e “mas”.
Os dois principais partidos de Malta, um arquipélago no Mediterrâneo central com uma população de meio milhão de pessoas, sinalizaram sua oposição ao projeto de lei. Com efeito, mais de 90% da população de Malta são católicos batizados.
No dia 13 de maio, o arcebispo Charles Scicluna, de Malta, declarou que a descriminalização do aborto seria um retrocesso.
”O útero de uma mãe é algo que é prezado e santo, e é lá que começa a vida humana. Rezemos para que o útero permaneça um lugar de vida e não um lugar onde assassinatos são perpetrados”, ressaltou o arcebispo.
Com informações CNA.
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