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Presidente da Conferência Episcopal alemã responde aos bispos que dizem que o Caminho Sinodal pode levar ao cisma

Mons. Batzing escreveu ao Arcebispo de Denver, um dos signatários da carta de 70 bispos.

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Redação (19/04/2022 09:22, Gaudium Press) Mons. Georg Bätzing, Bispo de Limburg e Presidente da Conferência Episcopal alemã, enviou uma resposta ao Arcebispo de Denver, Mons. Samuel Aquila, um dos signatários de uma carta na qual, como já aconteceu com vários outros prelados, alerta para o desvio doutrinal do Caminho Sinodal Alemão.

Mons. Batzing afirma que o Caminho Sinodal é uma tentativa de responder às causas do abuso sexual na Igreja e seu encobrimento. E que “um abuso de poder – também por autoridades episcopais” leva a violações de direitos na Igreja. Para combater isso, deve-se defender uma “participação dos crentes nas decisões em todos os níveis da ação eclesiástica”, participação que, segundo ele, “não prejudicará em nada a autoridade hierárquica”.

O presidente do episcopado alemão diz a Mons. Aquila que “as suas objeções, preocupações e advertências”, “sobre o caminho sinodal da Igreja Católica na Alemanha não são aplicáveis”.

Depois de afirmar que “o Caminho Sinodal de forma alguma mina a autoridade da Igreja, incluindo a do Papa Francisco, como o senhor escreve”, ele ressaltou que tem em mente a carta que Francisco dirigiu à Igreja na Alemanha e que “Ninguém pode reivindicar o Espírito Santo para si ou negar aos outros a tentativa séria de ouvi-lo”.

O bispo alemão rejeita a acusação de que seu sínodo se baseia em teses sociológicas e secularizantes:

“[…] o Caminho Sinodal, conforme descrito detalhadamente no Texto de orientação (do sínodo), orienta-se não em teorias sociológicas efêmeras ou ideologias seculares, mas  precisamente em fontes centrais do conhecimento da fé: a Escritura e a Tradição, o Magistério e a teologia, bem como o sentido da fé dos fiéis e os sinais dos tempos interpretados à luz do Evangelho. Esta orientação básica determina as reflexões do Caminho Sinodal numa cuidadosa reflexão teológica”.

E conclui:

“Portanto, não se pode falar que a Igreja Católica na Alemanha esteja em perigo de cisma.”

Dom Batzing assegura que sabe quais decisões podem ser adotadas pela Igreja em seu país e quais podem ser adotadas por toda a Igreja.

E termina a carta assinalando que “o Caminho Sinodal vai em busca do potencial vivificante da vida e da obra da Igreja hoje, à qual o próprio Papa Francisco convoca toda a Igreja”.

Com informações Infocatólica.

 

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