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Polônia: Varsóvia proíbe símbolos religiosos em edifícios públicos

A capital polonesa, Varsóvia, é a primeira cidade do país a proibir a exibição de símbolos religiosos nos edifícios públicos

Por séculos os fiéis rezaram diante dele em procissões e atos de piedade contra epidemias e catástrofes.

Redação (03/06/2024 16:00, Gaudium Press) A capital polonesa, Varsóvia, é a primeira cidade do país a proibir a exibição de símbolos religiosos nos edifícios públicos. A medida que proíbe a exposição de cruzes e outros símbolos religiosos foi tomada no último dia 8 de maio pelo prefeito de Varsóvia, Rafał Trzaskowski.

Após tal decisão, fica proibida a exposição de cruzes e crucifixos nos prédios públicos e nos eventos e cerimônias organizados pela prefeitura. Eventos oficiais promovidos pela prefeitura também deverão ocorrer sem a inclusão de orações.

De acordo com o novo regulamento, símbolos religiosos não poderão mais ser exibidos nas paredes dos edifícios públicos, uma prática comum nos escritórios do Estado na Polônia. Além disso, os funcionários da administração pública também estão proibidos de exibir tais símbolos em seus escritórios.

No entanto, a proibição não se aplica aos símbolos religiosos usados pessoalmente pelos funcionários, como colares, tatuagens ou braceletes. Monika Beuth, porta-voz do prefeito, destacou que Varsóvia é a primeira cidade polonesa a adotar uma medida desse tipo.

A decisão do prefeito de Varsóvia suscitou várias críticas no país: grupos conservadores, alguns partidos da oposição e até membros do Parlamento Europeu expressaram seu descontentamento.

O presidente do parlamento polonês, Szymon Hołownia, considera que a medida foi desnecessária e cria um conflito desnecessário sobre a presença das cruzes no espaço público. Outros políticos afirmaram que a iniciativa foi feita para “tentar destruir a religião e a fé das pessoas”. Outros políticos consideram que a medida viola a liberdade de religião do povo polonês.

Em resposta às críticas, o prefeito Trzaskowski afirmou que a medida busca combater a discriminação e não um ataque à religião. Em uma publicação nas redes sociais, ele ressaltou que a Polônia é um Estado laico e que “qualquer pessoa que ocupe um cargo público deve se sentir em uma posição neutra” em relação à religião. (FM)

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